“Não conseguimos reconhecer que ele estivesse esquiando em alta velocidade”, afirmou Stephane Bozon, comandante da unidade policial francesa responsável pela investigação. Os investigadores frisaram que, para o tipo de terreno, Schumacher esquiava de modo absolutamente normal para um bom esquiador.
De acordo com o promotor público responsável pela investigação, Patrick Quincy, o ex-piloto esquiava a uma distância entre três e seis metros fora das pistas demarcadas. Quincy disse também que a rocha em que Schumacher bateu a cabeça estava a oito metros de distância da pista de esqui.
Dois minutos de vídeo
Quincy afirmou que o vídeo gravado pela câmera do capacete do piloto tem cerca de dois minutos de duração e também registrou sons e imagens, as quais estão sendo analisadas pelos investigadores. No caso dos sons, acrescentou, ouve-se apenas o barulho dos esquis sobre a neve.
O promotor informou que até o momento não há notícias de um vídeo amador que, segundo a revista Der Spiegel, um turista alemão teria filmado no local do acidente. “Tenho dúvidas de que ele exista”, afirmou.
O representante do Ministério Público disse que as investigações estão avançadas e que a velocidade do ex-piloto não é um elemento importante para elucidar a tragédia e que a mesma não pode ser estimada. Os investigadores confirmaram que o capacete de Schumacher se quebrou em pedaços quando bateu na rocha. “Não permaneceu uma peça só.”
Normas respeitadas
Patrick Quincy disse, também, que a pista em que Michael Schumacher esquiava, na estação de Méribel, estava sinalizada, preparada e demarcada de acordo com as normas internacionais de segurança para o esporte. “Os exames que realizamos mostram que essas normas foram respeitadas”, ressaltou Quincy.
O heptacampeão mundial de Fórmula 1 está em estado crítico, em coma induzido, desde 29 de dezembro, quando caiu e se chocou contra uma rocha numa área fora das pistas demarcadas, quando esquiava nos Alpes franceses. (Com agências internacionais)