Desgoverno do PT busca desculpa esfarrapada para o apagão elétrico que afetou onze estados

vela_02Papo furado – Um governo que tem aos bolhões incompetentes e soberbos, simultaneamente, jamais admitirá algum erro no caso do apagão que deixou sem energia elétrica parte das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do estado do Tocantins, na região Norte. Ao todo foram onze estados afetados pela interrupção no fornecimento de energia, mas o governo de Dilma Rousseff – que prefere a palavra blecaute porque ainda não descobriu que trata-se de sinônimo de apagão – já decidiu que acidente foi ocasionado por um curto-circuito.

Na quinta-feira (6), autoridades do setor elétrico estarão reunidas para definir o que provocou o tal curto-circuito. Por certo surgirá alguma desculpa esfarrapada, como já ocorreu em apagões anteriores. Será culpa de raio, vento, fogo e outras manifestações da natureza ou, então, alguém será arrastado para o olho do furacão, como também já aconteceu. A tal da falha humana.

Secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann disse, tão logo surgiu o problema, que o apagão registrado na tarde de terça-feira não tem qualquer relação com o aumento do consumo de energia nas últimas semanas em decorrência do calor excessivo. Homem de confiança de Dilma Rousseff, Zimmermann deveria saber que o sistema de transmissão de energia no Brasil está operando muito próximo do limite e necessita de urgente modernização, o que exige investimentos pesados por parte do desgoverno do PT e por consequência aumentaria a tarifa.

Diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp já havia alertado para eventuais problemas no fornecimento de energia por causa da vulnerabilidade do conjunto de linhas de transmissão. Acontece que a população, assim como boa parte da imprensa nacional, tem memória curta.

O apagão de terça-feira ocorreu menos de 24 horas após o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), que sequer sabe como trocar uma lâmpada queimada, ter garantido que o excesso de consumo de energia não provocaria interrupção no fornecimento. Como as profecias dos integrantes do desgoverno petista têm prazo de validade extremamente exíguo, a fala de Lobão não surpreendeu. Assim como não surpreendeu o mais novo apagão.

Há uma diferença enorme entre geração e transmissão de energia. É fato que as regiões Sul e Sudeste enfrentam um período de grave seca, o que comprometeu os níveis dos reservatórios que movimentam as usinas hidrelétricas, mas para isso existem as termelétricas, super poluentes e caras, que há muito estão em funcionamento. Ou seja, o problema foi de transmissão, como já alertara o diretor-geral do ONS.

A situação só não é pior em termos de energia porque a incompetência do governo petista na área econômica faz com que a indústria brasileira opere muito aquém da sua capacidade produtiva. Se o setor industrial estivesse operando em níveis normais, o número de apagões seria maior.

Também homem de confiança de Dilma, a gerentona inoperante, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hübner, descartou qualquer possibilidade de falha no fornecimento de energia durante o período da Copa do Mundo. Acontece que a competição maior do futebol planetário está se aproximando e nada do que foi prometido em termos de energia elétrica foi cumprido.

Caso a natureza não colabore e o período de seca continue por mais algumas semanas nas regiões Sul e Sudeste do País, onde o consumo de energia é maior, o governo terá problemas nos próximos meses. Isso porque as termelétricas, que produzem energia mais cara, funcionarão por período maior do que o previsto. O que significa que na ponta a elétrica será mais cara. Para cobrir essa diferença, o governo sangrará, mais uma vez, os cofres do Tesouro Nacional, pois repassar o custo para o consumidor provocaria a alta da inflação e uma chiadeira sem precedentes.

O ano é de eleições e Dilma está focada no seu projeto de reeleição. O que significa que a enganação continuará como sempre e o incauto contribuinte pagará a conta gerada pela incompetência dos herdeiros de Aladim que momentaneamente ocupam o Palácio do Planalto.