Advogado de envolvidos na morte de cinegrafista pede para que políticos e partidos sejam investigados

jonas_tadeu_01Olho do furacão – É extremamente grave o conteúdo da entrevista concedida pelo advogado Jonas Tadeu Nunes à competente jornalista Leila Sterenberg, da GloboNews. Defensor de Fábio Raposo e Caio de Souza, presos por participação na morte do cinegrafista Santiago Andrade, o advogado disse que pessoas ganham dinheiro para promover “quebra-quebra” durante as manifestações.

Jonas Tadeu, que tenta facilitar a defesa, sugeriu que os partidos políticos devem ser investigados pelas autoridades, assim como vereadores e deputados. Ou seja, o advogado, que não citou nomes, deu o caminho para que a polícia chegue aos mandantes das ondas de violência que desde junho de 2013 têm tomado conta das principais cidades brasileiras durante as manifestações populares.

O defensor dos jovens presos disse também que as investigações sobre o envolvimento de partidos políticos e parlamentares nos atos de vandalismo devem acontecer não apenas no Rio de Janeiro, mas em São Paulo e em todos os estados que foram palco das manifestações que culminaram com atos de violência e vandalismo.

Tadeu afirmou também que antes do início dos protestos, pessoas ligadas aos patrocinadores dos movimentos distribuem máscaras de gás, artefatos explosivos e outros objetos que devem ser utilizados na manifestação. Fora isso, o advogado afirmou que os manifestantes se conhecem por codinomes, prática comum entre guerrilheiros e terroristas.

No momento em que há algum tipo de envolvimento, material ou ideológico, entre os mentores e os agentes da baderna, fica caracterizado o crime de terrorismo, que deve ser punido com a dureza da lei, sem qualquer flexibilidade interpretativa para beneficiar os verdadeiros culpados.

O Brasil caminha de forma assustadora na direção de um regime autoritário, sem que a população esboce qualquer tipo de reação, algo que torna o cenário ainda mais perigoso e preocupante. A postura complacente dos brasileiros de bem é inadmissível, uma vez que ao se juntar as peças do quebra-cabeça fica clara a imagem de instalação do caos como forma de implantar no Brasil um regime de exceção travestido de democracia.

O governo de Dilma Vana Rousseff continua fazendo suas experiências nos bastidores, mas no momento em que algo se desgarra do script a operação é imediatamente suspensa. O melhor exemplo desse “estica e puxa” é o caso dos “rolezinhos”, cuja rejeição pela opinião pública obrigou o recuo dos palacianos. Os “rolezinhos” saíram de cena, pelo menos por enquanto, abortando a tentativa do Palácio do Planalto de levar o confronto social às urnas. Isso porque o governo de Dilma Rousseff não tem o que mostrar aos eleitores e já não consegue sustentar as mentiras oficiais, diariamente desmascaradas pelos números de uma economia em crise.