Roberto Freire condena intenção de Dilma de usar Forças Armadas para reprimir manifestações

roberto_freire_06Ditadura rouge – Presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP) condenou de forma veemente a decisão da presidente Dilma Rousseff de usar as Forças Armadas para reprimir manifestações populares durante a realização da Copa do Mundo.

“O governo está histérico. A Copa está se transformando num problema, numa grave preocupação por conta dos desatinos em sua preparação, com gastos abusivos, denúncias de desvios de dinheiro e corrupção; por ter sido esse um dos elementos que mobilizaram a sociedade para as manifestações de junho, o governo teme que esse movimento volte a ocorrer e, pressionado pela FIFA, comete desatinos concretos, como o de anunciar o uso das Forças Armadas contra manifestantes”, criticou.

Perigo para a democracia

Para Freire, essa medida é “um grave equívoco, muito perigoso para a democracia”. As Forças Armadas, ressalta o deputado, devem cuidar da soberania do país e da segurança da nação. “Elas não podem ser utilizadas como segurança de um governo ou de um interesse externo, de uma entidade como a FIFA, para atentar contra a manifestação democrática da cidadania, ou seja, contra nós, a sociedade brasileira”.

No entender de Freire, é preciso protestar contra essa decisão da presidente Dilma. “Os democratas brasileiros, inclusive aqueles que lutaram contra o regime de exceção da ditadura, não podem se calar e admitir que o governo Dilma e do PT enverede pelo caminho do abuso, do arbítrio, da tentativa de criminalizar as manifestações democráticas do povo brasileiro”.

O presidente do PPS observa que, embora seja uma prática absurda, o Ministério da Defesa tratou de assegurá-la em um manual de normas das Forças Armadas, divulgado no início deste mês. Na primeira versão do documento, alterada por causa das inúmeras críticas da sociedade, os movimentos sociais eram tratados como “forças oponentes” a serem enfrentadas.

Projeto

Freire lembrou ainda que o País precisa se precaver contra o projeto que os aliados do governo patrocinam no Senado e que trata manifestantes como terroristas. “Lembra os atos institucionais; por isso eu o chamo de AI-13 do PT”, afirmou o parlamentar, numa referência ao AI-5, que fechou o Congresso e cassou garantias constitucionais.

“Todos nós somos inimigos deste governo. Não porque somos contra, mas porque queremos nos manifestar e o governo não quer permitir, tudo isso para poder dizer à dona FIFA que as administrações de Lula e Dilma cumpriram com o prometido. Dizer que neste país não vai funcionar a lei, mas o arbítrio”.