PMDB deixou a artilharia do partido a cargo do líder Eduardo Cunha, que gera problemas para Dilma

eduardo_cunha_05Chumbo grosso – Quando o PMDB indicou o deputado federal Eduardo Cunha (RJ) para liderar o partido na Câmara dos Deputados, o ucho.info afirmou que o Palácio do Planalto e o PT teriam sérios problemas com o parlamentar, que é experiente e profundo conhecedor do regimento interno da Casa. Sem contar que Cunha é um negociador por excelência.

No momento em que o governo petista de Dilma Rousseff aguarda os primeiros resultados do rodízio de ministros na Câmara dos Deputados, como forma de atender aos pleitos dos parlamentares e conter uma intifada que ganha corpo, Eduardo Cunha defende o rompimento da aliança da legenda com o Partido dos Trabalhadores. Cunha alega que o PMDB não é respeitado pelo PT. “A cada dia que passo me convenço mais que temos de repensar está aliança, porque não somos respeitados pelo PT”, escreveu o líder peemedebista em sua conta no Twitter.

Sem ter os pedidos atendidos na reforma ministerial, que está empacada, o PMDB escalou Eduardo Cunha como seu franco atirador, enquanto o vice-presidente da República, Michel Temer, negocia nos bastidores com Dilma.

Com críticas ao presidente do PT, Rui Falcão, o líder do PMDB não é dado a promessas que impossíveis de serem cumpridas. E uma das suas ameaças é derrubar na Câmara o marco civil da internet, que o Planalto quer aprovar de qualquer forma e o quanto antes.

Dilma Rousseff está jogando errado com o PMDB, partido que para continuar apoiando o governo e permanecer no projeto de reeleição da petista quer mais e melhores ministérios. Acontece que Dilma está preocupada com o tempo de televisão e por isso deseja contemplar todos os partidos da base aliada com algum lugar na Esplanada dos Ministérios.

Saciar o apetite do PMDB por cargos e ministérios não é tarefa fácil, mas o comportamento de Eduardo Cunha mostra que o governo está falhando na articulação política. Isso significa que a ministra Ideli Salvatti, da Secretaria de Relações Institucionais, e Aloizio Mercadante, chefe da Casa Civil, estão como mero espectadores do tiroteio entre o PMDB e o Palácio do Planalto.