País de Alice: desgoverno ignorou planejamento e já gastou, em 2014, R$ 5 bi com o setor elétrico

energia_eletrica_19Coisa de doido – Dezembro de 2008: então presidente da República, Luiz Inácio da Silva ocupa os meios de comunicação e pede aos brasileiros para que saiam às compras como forma de minimizar os efeitos da crise financeira internacional, à época rotulada pelo petista como “marolinha”. Horas depois do irresponsável pedido presidencial, o ucho.info alertou para o perigo de uma medida tomada sem planejamento.

Entre os muitos pontos que destacamos estava a não preocupação palaciana com questões como o impacto de vastas frotas de automóveis novos nas cidades brasileiras e a falta de capacidade do País de produzir gasolina e gerar energia elétrica para atender à demanda repentina e crescente. Por conta disso, o editor do site foi acusado de torcer contra o Brasil, como se pensar no futuro de forma minimamente lógica fosse um crime.

Cinco anos se passaram e o estrago do ufanismo de Lula et caterva se faz sentir na economia. Sem ter como atender à demanda por gasolina, a Petrobras chegou a um passo da bancarrota por ter sido obrigada a importar combustível, vendendo o produto no mercado interno a preço subsidiado.

Na seara dos milhões de eletrodomésticos novos que produziram uma legião de inadimplentes logo nos primeiros meses, o governo do messiânico Partido dos Trabalhadores sequer se preocupou com a geração de energia elétrica para atender à alta no consumo.

Em mais um ato populista, Dilma Rousseff anunciou a redução da tarifa de energia elétrica, deixando para o contribuinte o custo da indenização bilionária às empresas geradoras. Decisão pouco inteligente que serviu para ludibriar a opinião pública e turbinar o projeto de reeleição da presidente. Para que o leitor compreenda a gravidade da situação, nos primeiros dois meses do ano (janeiro e fevereiro) o governo gastou pouco mais de R$ 5 bilhões para compensar o setor de produção de energia, que por causa da escassez de chuvas está sendo socorrido pelas usinas termelétricas, extremamente poluentes e muito mais caras.

Na quinta-feira (6), representantes de associações do setor elétrico entregaram ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, carta em que classificam como “delicada” a situação dos principais reservatórios das hidrelétricas do País, que estão com o nível de água mais baixo desde 2001 em decorrência da falta de chuva. No documento, o setor pede para ser ouvido pelo governo nas discussões sobre medidas a serem adotadas para enfrentar um problema que se agrava a cada dia.

O desgoverno de Dilma Rousseff anuncia cortes no orçamento para cumprir a meta de superávit primário, mas sangra o Tesouro Nacional com a conta bilionária do setor de energia elétrica. Esse valor deveria ser repassado para as contas de luz, o que não acontece porque o ano é de eleições e principalmente porque os incompetentes palacianos perderam o controle de uma economia que cada vez mais se avizinha do despenhadeiro da crise.

Quando o ucho.info acusa o governo do PT de ser formado por inconsequentes que desconhecem a mais rasa definição da palavra planejamento, os petistas entram em polvorosa e parte para o ataque, como se qualquer manifestação pudesse esconder a latente incompetência que reina no partido. Incentivar a economia na marra, sem se preocupar com questões futuras e não considerando fatores imponderáveis é coisa de político ignorante. Acontece que no PT sobram herdeiros de Aladim e oráculos do Senhor. Enfim, como disse certa vez um conhecido comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.