Câmara aprova convite da oposição para ouvir ministro da Saúde sobre irregularidades na pasta

arthur_chioro_04Fala que eu te escuto – A Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados aprovou na manhã desta quarta-feira (12) convite ao ministro da Saúde, Arthur Chioro, para que explique diversas denúncias que envolvem a pasta e o seu próprio nome, além das suspeitas envolvendo o ex-ministro Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo de São Paulo.

Inicialmente, a oposição queria convocar Chioro, o que levou o PPS chegou a protocolar requerimento nesse sentido. O partido exige que o ministro explique denúncias de fraude e superfaturamento em contrato de locação de veículos para atender a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

“A convocação do atual ministro Arthur Chioro tem o objetivo de averiguar as medidas tomadas pelo Ministério da Saúde contra as ONGs, empresas e servidores públicos envolvidos. O fato que causa estranheza é que mesmo após as denúncias os contratos tenham sido mantidos pelo Ministério da Saúde”, justificaram Stepan Nercessian (RJ) e Rubens Bueno (PR), que assinaram o pedido.

A proposta do PPS não chegou a ser votada pelo colegiado, mas o tema foi incorporado em requerimento do Demcoratas, que tem a intenção de esclarecer o regime diferenciado de contratação dos médicos cubanos pelo governo brasileiro.

Com o compromisso do PT de levar o ministro à Comissão de Fiscalização na próxima quarta-feira (19), a oposição aceitou substituir a convocação de Chioro por um convite.

Aos deputados, Arthur Chioro, que assumiu a função há pouco mais de um mês, também precisa dar explicações sobre o fato de ter levado sua mulher, Roseli Regis dos Reis, para o Carnaval de três capitais utilizando avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

Petrobras

Em nova derrota imposta ao governo com o apoio da parte da base aliada, a presidente da Petrobras, Graça Foster, também terá que prestar esclarecimentos na Comissão de Fiscalização sobre a suspeita de pagamento de propina a funcionários da estatal. A denúncia é de que a SBM Offshore, empresa holandesa, tenha pago suborno que ultrapassaria os US$ 139 milhões a intermediários e dirigentes da empresa brasileira para conseguir contratos com a Petrobras.