Busca por Boeing 777 da Malaysia Airlines já inclui 57 barcos e 48 aviões

malaysia_airlines_08Mistério continua – Um total de 57 barcos e 48 aviões de 13 países diferentes realiza as buscas pelo Boeing 777-200 da Malaysia Airlines, desaparecido no dia 8 de março com 239 pessoas a bordo. É a maior operação realizada desde o início das buscas, que envolvem agora um raio de mais de 4 mil quilômetros.

As buscas abrangem o leste do Mar do Sul da China e a parte ocidental da Península da Malásia, a nordeste, entrando pelo Mar de Andamão e o Oceano Índico.

O porta-voz da Casa branca, Jay Carner, afirmou a jornalistas que informações mais recentes poderiam abrir uma nova área de busca no oceano Índico, ou seja, na direção oposta do trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim.

O jornal americano “The Washington Post” citou autoridades americanas envolvidas na investigação ao afirmar, na quinta feira (13), que a aeronave voou por mais de quatro horas após seu último contato com o controle de tráfego aéreo.

Segundo o jornal, dados enviados automaticamente por satélite pela própria aeronave comprovariam que os motores do Boeing teriam permanecido em funcionamento durante esse tempo. No entanto, não é possível afirmar a direção que o avião teria tomado.

O ministro malaio dos Transportes, Hishammuddin Hussein, afirmou nesta sexta-feira que os investigadores ainda aguardam a confirmação de que um sinal registrado por radares militares apontariam para um deslocamento da aeronave em sentido oeste sobre a Península da Malásia, entrando no Estreito de Malaca.

Segundo o ministro, a possibilidade seria de “mais de 50%” de que o sinal seria de fato do avião desaparecido. Até a confirmação final, as buscas continuarão se expandido no sentido leste e a oeste da última localização confirmada da aeronave.

Piratas a bordo

Entre os investigadores aumenta a certeza de que o Boeing da Malaysia Airlines realizou uma manobra de retorno, sobrevoando a Malásia após seu último contato.

Um funcionário do governo norte-americano afirmou que os investigadores também examinam a possibilidade de “intervenção humana” no desaparecimento do avião, acrescentando que poderia se tratar de um “ato de pirataria”. A fonte, que preferiu manter seu nome em sigilo, disse também que é possível que o avião tenha pousado em algum lugar.

Segundo ele, a maior evidência de intervenção humana seria o fato de que o transponder (dispositivo eletrônico de comunicação) da aeronave parou de funcionar 12 minutos antes de o sistema de mensagens do Boeing 777 falhar.

A Índia informou nesta sexta-feira (14) que utiliza sensores de calor em voos sobre centenas de ilhas desabitadas no Mar do Andamão em busca de sobreviventes, devendo expandir as operações em sentido oeste até o Golfo de Bengala, a mais de 1.600 quilômetros da última posição conhecida do avião. Os Estados Unidos também enviaram um navio militar e um avião de monitoramento para a região. (Deutsche Welle)