Malásia afirma ter avistado 122 objetos que podem ser de Boeing desaparecido

(Reuters)
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Chegando perto – A busca pelos destroços do Boeing 777-200 da Malaysia Airlines, que desapareceu durante voo entre Kuala Lumpur e Pequim, foram retomadas nesta quarta-feira (26) no sul do Oceano Índico. Enquanto autoridades malaias anunciavam a criação de um grupo especial para determinar a localização precisa da aeronave, um escritório de advocacia já se preparava para entrar com uma ação legal contra a empresa aérea e a fábrica do avião.

De acordo com o ministro de Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, novas imagens de satélite mostraram 122 objetos numa área de 400 quilômetros quadrados no Oceano Índico que poderiam estar relacionados ao voo MH370 – desaparecido com 239 pessoas a bordo, desde 8 de março.

Os objetos teriam dimensões variadas, alguns de até 23 metros de comprimento. “Nós não sabemos se esses objetos são do MH370, mas mesmo assim esta é mais uma nova pista que ajudará a direcionar a operação de busca”, disse o ministro.

De acordo com o ministro, o governo da Malásia ainda está organizando um grupo de trabalho internacional para tentar determinar o local onde o avião caiu. Entre os integrantes da equipe estão representantes da empresa de satélites Immarsat, da Rolls Royce, da Boeing e investigadores especializados em aviação do Reino Unido, China, Austrália e Estados Unidos.

Nesta quarta-feira, pelo menos cinco navios retornaram ao local no qual as operações de busca estão se concentrando. Até o momento, porém, nenhum dos objetos mostrados pelas imagens de satélite foi recuperado ou identificado como sendo parte do Boeing 777.

As equipes de busca correm contra o tempo para recuperar a caixa-preta da aeronave, cuja bateria deve acabar nas próximas semanas. As informações contidas no objeto são consideradas cruciais para determinar o que de fato ocorreu no voo MH370.

Ação legal

Enquanto as autoridades ainda tentavam entender as causas do desastre aéreo, um escritório de advocacia norte-americano informou que deu início aos procedimentos para possível processo de milhões de dólares contra a Malaysia Airlines e a Boeing.

“Acreditamos que ambos são responsáveis pelo desastre do voo MH370”, afirmou em nota o escritório Ribbeck Law Chartered International.

A firma ainda disse que já entrou com um pedido numa corte americana para obter documentos que poderiam corroborar com a tese de que defeitos de fabricação ou conduta imprópria por parte da companhia aérea poderiam ter causado o acidente.

A Malaysia Airlines informou estar ciente da ação legal nos Estados Unidos, mas preferiu não comentar o assunto. (Com agências internacionais)