Começa caçada submarina para localizar caixas-pretas do voo da Malaysia Airlines

(Reuters)
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Pente fino – A frota internacional que procura os destroços do Boeing 777-200 da Malaysia Airlines, que desapareceu em 8 de março em algum ponto do Oceano Índico com 239 pessoas a bordo, começou nesta sexta-feira (4) as buscas submarinas na tentativa de encontrar as caixas-pretas da aeronave.

A corrida é contra o tempo, já que a baterias das caixas-pretas costumam se esgotar e deixar de emitir sinais em aproximadamente trinta dias. As buscas estão concentradas em um corredor de 240 quilômetros quadrados a noroeste de Perth, no litoral da Austrália.

Participam das buscas pela caixa-preta do voo MH370 um navio australiano, que carrega um localizador de sinais emprestado pela Marinha dos Estados Unidos, e um navio britânico, que possui equipamentos para pesquisas submarinas.

De acordo Angus Houston, australiano que chefia a missão internacional conjunta, a decisão sobre a área de buscas foi tomada “a partir de dados obtidos recentemente e que são os melhores disponíveis.”

Aviões comerciais costumam ser equipados com duas caixas-pretas, que na verdade têm cor alaranjada: uma registra os dados do voo, como velocidade e altitude; enquanto a outra grava os últimos trinta minutos de conversa da cabine – a gravação pode chegar a duas horas em caso de sistema digitais.

Um problema enfrentado pelas equipes é que o aparelho usado para localizar os objetos tem um raio de ação reduzido, de apenas 1,6 quilômetro. As buscas por destroços contam atualmente com 14 aviões – dez militares e quatro civis – e nove embarcações. A área demarcada para a procura é de 217 mil quilômetro quadrados, a 1.700 quilômetros da costa australiana. (Com agências internacionais)