Sob o manto do PT, o Brasil se transformou em uma enorme teia de crimes ousados e correlatos

corrupcao_17Caso de polícia – Muito antes de chegar ao poder central, com a eleição de Lula, o PT já praticava crimes de corrupção e outros mais, sem que a população se preocupasse com o perigo que isso representava. Depois que o PT se instalou no Palácio do Planalto, os crimes cresceram em número, formando uma teia assustadora e com muitas interconexões. Esse cenário vem corroendo de forma contínua o Brasil, mas o aparelhamento da máquina estatal impede que os mesmos sejam investigados.

O primeiro grande desmando, que serviu de alicerce para a teia criminosa e que terminou com a trágica e brutal morte de Celso Daniel, foi o esquema de cobrança de propina ao qual foram submetidos os empresários de Santo André, em especial os do setor de ônibus. A operação criminosa era marcada por tanta ousadia, que qualquer organização mafiosa sentir-se-ia apequenada se visse a destreza dos petistas.

Celso Daniel foi torturado antes de ser assassinado, pois, além de ter se rebelado contra um esquema que havia escapado ao controle, se negou a revelar detalhes das contas bancárias no exterior onde estava depositada parte do dinheiro da propina. Mara Gabrilli, deputada federal pelo PSDB e filha de um então empresário de ônibus de Santo André, acusou Gilberto Carvalho de ser a pessoa responsável ela coleta do dinheiro imundo. Gabrilli não faltou com a verdade ao fazer tal acusação, até porque ela vivenciou os fatos na empresa do pai.

O dinheiro arrecadado criminosamente em Santo André serviria para ajudar no financiamento da campanha de Lula à presidência, em 2002. As quantias arrecadadas eram entregues a José Dirceu, que à época presidia o Partido dos Trabalhadores. Parte desse dinheiro era trocada por dólares, operação que era realizada com Nelma Kodama, que gosta de ser chamada como “a grande dama do mercado de câmbio”. Mais adiante o leitor saberá mais sobre Nelma Kodama.

Abusada em suas declarações e muitas vezes se valendo da ironia, Nelma Kodama tinha ligações e parentesco com ex-juiz federal João Carlos da Rocha Mattos, flagrado na Operação Anaconda, da Polícia Federal. Nelma foi concunhada de Rocha Mattos, pois viveu com o irmão de Norma Emílio, que foi casada com o ex-juiz.

João Carlos da Rocha Mattos sempre negou conhecer Nelma Kodama, mas alguns fatos levam a concluir o contrário. Não por acaso, a Polícia Federal apreendeu na casa de Rocha Mattos, durante a Operação Anaconda, um CD com as gravações telefônicas do caso Celso Daniel. Como Nelma Kodama circulava com desenvoltura entre os petistas corruptos de Santo André, o que explica as acusações supostamente infundadas contra o ex-concunhado. Mattos foi flagrado em um milionário esquema de venda de sentenças judiciais, mas sua situação piorou muito por saber detalhes dos fatos que antecederam a morte de Celso Daniel.

O dinheiro da propina de Santo André acabou, em parte, depositado em contas bancárias no exterior, como já mencionamos. Sem ter como repatriar esse dinheiro, o PT se valeu dos empréstimos fictícios do Mensalão para viabilizar a operação que trouxe de volta ao Brasil os recursos provenientes da propina cobrada na cidade do ABC paulista. Até porque, nenhuma instituição financeira concede empréstimos milionários a partidos políticos sem as devidas garantias e apenas com avais suspeitos. O dinheiro depositado no exterior foi repassado ao Tradelink Bank, braço internacional do finado Banco Rural, que no Brasil entregou o dinheiro ao PT por meio de empréstimos bancários. Vale lembrar que não foi uma simples coincidência a quebra do Banco Rural, depois que o Supremo Tribunal Federal condenou os mensaleiros.

O milionário caixa do Mensalão do PT não foi alimentado apenas com o dinheiro desviado do Visanet e com as somas que estavam depositadas no exterior, mas também com polpudos aportes feitos por empresários oportunistas que desejavam se aproximar do núcleo duro do governo do malandro Lula. É nesse ponto que o Mensalão do PT cruza o caminho da Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que desbaratou um esquema criminoso ancorado por proeminentes (sic) figuras do mercado financeiro.

O esquema decorrente da Satiagraha passava obrigatoriamente pelas agências de propaganda de Marcos Valério Fernandes de Souza, que superfaturava, com o conhecimento de determinado cliente, campanhas publicitárias de duas empresas de telefonia celular. A diferença entre o valor real da campanha e o superfaturado era despejada no caixa do Mensalão do PT, pois um dos alvos da Operação Satiagraha precisa se aproximar dos fundos de pensão de empresas públicas federais, em sua maioria controlados por petistas. Foi a partir dessa operação canhestra que José Dirceu passou a trabalhar como lobista de um dos investigados pela Satiagraha.

Um dos principais protagonistas do Mensalão do PT, José Janene, já falecido, transitava com muita intimidade no Palácio do Planalto, a ponto de certa vez, ao se referir a Lula, ter colocado em xeque a honra da mãe do então presidente da República. “Avisa esse filho da puta…”, disse Janene durante uma acalorada discussão nos bastidores da Câmara dos Deputados.

Paranaense, José Janene era compadre Alberto Youssef e foi responsável por apresentar o doleiro aos petistas de Londrina, começando por André Vargas e Paulo Bernardo da Silva, marido da senadora Gleisi Hoffmann e atual ministro das Comunicações. Youssef sempre foi a ponta financeira dos negócios nada ortodoxos comandados por Janene, muitos dos quais com prefeituras administradas por petistas.

A mais nova ponta da teia de crimes cometidos sob a égide do PT fica por conta da Operação Lava-Jato. Durante as investigações, a Polícia Federal prendeu Nelma Kodama no Aeroporto de Guarulhos. Kodama estava pronta para embarcar para a Europa quando foi flagrada com 200 mil euros na calcinha. A “grande dama do câmbio” disse aos policiais que o dinheiro seria utilizado na compra de móveis refinados na Europa, mas que não informou à Secretaria da Receita Federal porque o posto da repartição no aeroporto estava fechado.

Para quem já foi responsável pelas operações de cambio dos marginais de Santo André, levar 200 mil euros na calcinha é excesso de inocência. Ao abordar Nelma Kodama, a PF já tinha informações sobre o pacote de dinheiro, conseguidas a partir de grampos telefônicos. Informações preliminares dos policiais dão conta que a soma encontrada com Nelma era proveniente do tráfico de drogas, sonegação de impostos e contrabando de pedras preciosas, mas é muito pouco se considerados as supostas fontes da lavanderia financeira.

Comenta-se nos bastidores que o dinheiro estava sendo levado à Europa a pedido de um dos advogados que atuaram no julgamento da Ação Penal 470 (Mensalão do PT) e seria parte dos honorários. Caso enverede por essa linha de investigação, a Polícia Federal poderá desmontar uma nova quadrilha.