Projeto que proíbe empresas de financiarem campanhas eleitorais precisa incluir sindicatos

corrupcao_17Muito cuidado – Enganam-se os brasileiros que pensam ser moralizador o projeto que proíbe empresas de financiarem campanhas políticas. Muito longe de ser um antídoto contra a corrupção, o projeto é, de chofre, um indutor do caixa 2, pois no Brasil campanhas políticas são absurdamente caras. Uma campanha presidencial, por exemplo, com largas chances de levar o candidato ao Palácio do Planalto, custa aproximadamente US$ 400 milhões. Dinheiro suficiente para fazer com que qualquer cidadão do planeta, detentor dessa fortuna, seja recebido para um café da manhã na Casa Branca.

Como o marketing político no Brasil é constantemente atacado por lufadas inflacionárias, os candidatos precisam fazer seguidos truques para arrumar dinheiro. Um dos incontestáveis exemplos da disparidade de valores nessa seara é o custo de uma campanha a deputado federal. No Nordeste, um candidato de um partido médio se elege desde que aceite gastar R$ 50 por voto. Ou seja, um candidato eleito com 150 mil votos terá gasto pelo menos R$ 7,5 milhões. Acontece que em quatro anos de mandato o eleito receberá, em valores brutos, perto de R$ 1,5 milhão em salários. Ou seja, a patifaria reside na diferença de R$ 6 milhões.

Na tentativa de passar à opinião pública uma suposta onda de moralidade, o Congresso Nacional está analisando o projeto que proíbe a doação de campanha feita por empresas. A grande armadilha nesse projeto está em um detalhe para o qual os brasileiros ainda não atentaram. É preciso definir se apenas empresas não podem fazer doações de campanha ou se a regra vale para pessoas jurídicas.

Pode até parecer uma redundância burra, mas nessa vala das pessoas jurídicas estão os sindicatos, que dependendo do texto final do projeto a ser aprovado serão transformados em enormes lavanderias financeiras da esquerda tupiniquim. Em outras palavras, mais uma malandragem instalada na estrada esquerdista que tenta levar o Brasil a um regime totalitarista supostamente democrático, muito semelhante ao que vem destruindo a Venezuela e a democracia local.

Se a proibição em questão não for estendida aos sindicatos, clubes, agremiações e outras personalidades jurídicas, o Brasil estará fadado a se transformar em uma versão agigantada de Cuba, onde os facinorosos irmãos Raúl e Fidel Castro continuam decidindo os destinos da América Latina, como se essa porção do continente americano fosse o quintal de Havana.

É importante que os brasileiros de bem não apenas acompanhem a tramitação da matéria, mas pressionem de forma ininterrupta senadores e deputados para que o pior não aconteça.