Banda radical do PT aciona o padre Júlio Lancelotti para criticar a ação da PM durante protesto em SP

julio_lancelotti_02Comunista de sacristia – A criatividade bandoleira do PT chega a impressionar até mesmo o mais experiente mafioso italiano. Há muito querendo tomar de assalto o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, e apostando todas as fichas na candidatura do ex-ministro Alexandre Padilha, os petistas têm aproveitado todas as oportunidades para estocar o PSDB, adversário histórico da legenda.

Nesta sexta-feira (16), quem entrou em cena para salvar o PT foi o padre Júlio Lancelotti, coordenador da pastoral dos moradores de rua, que aproveitou para condenar a ação da Polícia Militar paulista durante protesto ocorrido na noite anterior, em que alguns manifestantes apelaram ao vandalismo e depredaram bens públicos e privados.

Lancelotti disse, em entrevista, que participava da manifestação contra a realização da Copa do Mundo quando foi atingido por estilhaços de uma bomba de efeito moral lançada pela PM contra os manifestantes. A declaração do pároco aconteceu horas depois de o Palácio do Planalto desistir de leis mais duras para combater os atos de vandalismo durante a Copa, o que, na opinião dos palacianos, poderia ser considerado um cerceamento da liberdade de expressão.

É importante destacar que há uma monumental diferença entre liberdade de expressão e atos de vandalismo. Ao Estado cabe a obrigação constitucional de manter a ordem, sendo que as instituições policiais têm o dever de, diante de criminosos, agir com firmeza e nos limites da lei. Que não venham esses oportunistas de aluguel defender a tese de que a PM precisa agir com delicadeza com baderneiros e marginais.

Júlio Lancelotti disse que foi atingido na perna e na cabeça, mas que os ferimentos não exigiram atendimento médico e que ele próprio fez um curativo ao chegar à sua casa. “Fui ferido por um estilhaço de uma bomba de efeito moral que foi atirada por um policial militar e estourou perto de mim”, disse o religioso ao site de notícias G1. “O estilhaço cortou minha calça e saiu parte da pele da minha perna esquerda, que sangrou”, completou.

“O que me feriu mais não foi esse corte, mas a violência empregada pela PM contra manifestantes que protestavam pacificamente um direito legítimo de cobrar melhorias no país diante de um evento que usa dinheiro público”, declarou o padre, que não faz muito tempo esteve envolvido em polemico caso com um ex-interno da antiga Febem, que acusou Lancelotti de abuso sexual, porque não dizer pedofilia. O imbróglio foi abafado e o padre teve como defensor o advogado e ex-deputado petista Luiz Eduardo Greenhalgh.

Lancelotti é conhecido por seus rompantes de histrionismo, por isso suas declarações não devem ser levadas a sério. O que não se pode aceitar é que oportunistas profissionais façam críticas à Polícia Militar, acusando-a de ter começado o confronto com os manifestantes. Quem acompanhou pela televisão a cobertura dos protestos sabe que a PM só passou a agir quando os baderneiros de sempre decidiram apelar ao vandalismo. Em uma das reportagens sobre o protesto, a jornalista que fazia a cobertura destacou que os baderneiros eram os mesmos de outras manifestações que terminaram com depredações.

Se a preocupação de Júlio Lancelotti é a situação dos moradores de rua frente às bilionárias obras da Copa do Mundo, que passe a mão no telefone e resolva o assunto com o prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad, ou, então, com o secretário-geral da Presidência, o coroinha Gilberto Carvalho. O mais bizarro nessa epopeia é que enquanto Lancelotti diz que a PM agiu com violência, os ocupantes do Palácio do Planalto garantem que o protesto em São Paulo foi justo e tranquilo.