Mais do mesmo – O ditador sírio Bashar al-Assad venceu a eleição presidencial e foi reeleito com 88,7% dos votos, informou nesta quarta-feira (4) o porta-voz do parlamento, Mohamad al-Laham. Protagonista de uma guerra civil que já dura três anos, matou mais de 160 mil pessoas e fez com que 3 milhões de sírios buscassem refúgio em países vizinhos, Assad conquistou seu terceiro mandato, apesar da violenta e sangrenta guerra civil que divide o país árabe.
“Eu declaro a vitória de Bashar Hafez al-Assad como presidente da República da Síria com absoluta maioria dos votos nas eleições”, disse Laham em discurso transmitido pela televisão desde o escritório do Parlamento da Síria, informa a Reuters.
Nas áreas controladas pelos rebeldes, como a cidade de Alepo, a segunda maior do país, não houve votação, o que confirma que nenhuma das partes tem condições de comandar a Síria, que há muito clama por paz e dignidade. Os rebeldes são tão radicais quanto Assad e lideram parcelas da população que guerreiam para tomar o poder, vitória que não significa quede os sírios terão tranquilidade e muito menos viverão debaixo do manto da democracia.
A grande questão na Síria é que Bashar al-Assad é tão ou mais truculento que seus adversários, tendo se valido de armas químicas para combater os rebeldes. Depois de muita polêmica, que ganhou reforço extra por conta do apoio de países como a Rússia e a Síria em favor do governod e Damasco, Assad acabou recuando e permitiu que inspetores internacionais vasculhassem o país em busca de armas proibidas. O material foi levado para fora do país e será destruído.
Adversários de Bashar al-Assad afirmaram que a eleição foi uma farsa, alegando que qualquer processo eleitoral em meio a uma sangrenta e covarde guerra civil não pode ser considerado. O governo dos Estados Unidos declarou que a eleição presidencial síria é “uma vergonha”.
