UE assina acordos com a Ucrânia e outras duas ex-repúblicas soviéticas

petro_poroshenko_03Dando o troco – De acordo com o script programado, a União Europeia (UE) assinou nesta sexta-feira (27), em Bruxelas, acordos de associação com a Ucrânia, a Geórgia e a Moldávia. “Este é o resultado de sete anos de trabalho”, declarou o presidente ucraniano, Petro Poroshenko (à direita na foto). O acordo prevê a quase completa eliminação de barreiras alfandegárias para o comércio entre os países mencionados e o bloco econômico europeu.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso (à esquerda na foto), destacou que os acordos “não são contra ninguém”, em clara referência à oposição vinda da Rússia. O presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy (ao centro), considerou ser este “um grande dia para a Europa”.

Logo em seguida, a Rússia alertou para as graves implicações dos acordos de associação econômica dos antigos estados soviéticos com a UE. “A consequência da assinatura da Ucrânia e da Moldávia vai ser muito séria”, disse o vice-ministro do Exterior, Grigory Karasin, à agência de notícias russa Interfax. Ele destacou, porém, que “a assinatura de um documento tão sério é, claramente, um direito soberano de qualquer Estado”.

Desde que anexou a Crimeia e passou a açoitar a Ucrânia na tentativa de reeditar o outrora domínio da extinta União Soviética, o presidente russo Vladimir Putin passou a enfrentar pressões por parte de diversos líderes internacionais, em especial da União Europeia. Para manter mirabolante plano de expansão político-territorial e não sair desgastado da queda de braços com Kiev, Putin reviu o contrato de fornecimento de gás à Ucrânia, colocando o país em situação de dificuldade.

O embate de Putin com a Ucrânia surgiu a partir da decisão do governo de Kiev de se aliar economicamente à União Europeia. Tendo como murro de arrimo os separatistas da Crimeia, o presidente russo passou a fazer um jogo duplo, alternando discursos oficiais em prol do fim dos conflitos na região, mas nos bastidores fornecendo aos dissidentes armas e tropas de milicianos. (Com agências internacionais)

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