Petistas lançam ‘programa de governo’ para ironizar a ‘dolce vita’ de Requião e senador surta

roberto_requiao_12Artilharia pesada – Está cada vez mais ácida a disputa entre o PT de Gleisi Hoffmann e o senador peemedebista Roberto Requião no Paraná. Candidato ao Palácio Iguaçu, Requião não se cansa de criticar Gleisi por levar para a Casa Civil o perigosíssimo pedófilo Eduardo Gaievski, acusado de dezenas de estupros, para cuidar dos programas do governo federal dedicados a menores.

Os petistas dão o troco divulgando nas redes sociais um suposto ‘programa de governo’ do candidato Roberto Requião. O senador, que se elegeu duas vezes na esteia da promessa de “baixar ou acabar com o pedágio”, estaria agora mudando de estratégia. Além de não ter baixado ou acabado com o pedágio, Requião aparece nessa campanha tendo como companheiro de chapa, candidato ao Senado, e principal financiador de campanha, Marcelo Almeida, herdeiro do grupo CR Almeida, dono de dois pedágios dos mais lucrativos do planeta: a Ecovia (Curitiba-Paranágua) e a Ecocataratas (Cascavel-Foz do Iguaçu). O novo slogan de campanha de Requião, segundo o PT, seria: “Se não pode vencer o pedágio, una-se a ele”.

Outro item importante do novo programa de governo de Requião, segundo o PT, seria o “Cavalo Solidário”. Um auxílio para que todos os paranaenses, especialmente os mais sofridos, seguindo os ditames da sempre citada “Carta de Puebla” (opção preferencial pelos pobres) pudessem ter o seu cavalo próprio, mantido pelo estado. A sacada mira a denúncia, que está sendo apurada pelo Ministério Público, que Requião manteve durante seu governo 58 cavalos para cavalgadas matinais com amigos, na residência oficial da Granja do Canguiri. Toda a tropa foi mantida e tratada com dinheiro público (ao custo estimado de R$ 6 milhões em 8 anos) e levou um grupo de policiais militares a abandonar o patrulhamento da capital para cuidar dos quadrúpedes do então governador.

Outro programa de impacto que Requião lançaria, segundo o PT, seria a “Boa Viagem”, com o qual o cidadão poderia viajar pelo mundo as expensas do erário. O alvo dessa chacota são as incontáveis viagens de Requião pelo mundo, sempre na primeira classe e com tudo pago pelo Senado. O peemedebista foi o senador que mais gastou em viagens pelo mundo em 2013. Seus roteiros sempre buscaram locais chiques e glamourosos, os melhores e os mais caros restaurantes. O senador costuma inclusive comentar e recomendar os inúmeros bons restaurantes que frequenta no exterior, sempre à custa do contribuinte, em sua conta no Twitter.

Roberto Requião também estaria preparando o “Dólar para Todos”, para que todo o paranaense tivesse a felicidade que teve seu irmão, Eduardo “Naná” Requião, um psicanalista que o então governador nomeou para comandar o Porto de Paranaguá. “Naná” acabou descobrindo que os dólares se multiplicavam nos armários de seu apartamento, fenômeno tão fantástico que atraiu a atenção da Polícia Federal, que investigou o prodígio na Operação Dallas.

A cereja do bolo do programa de Requião, ainda segundo os “gleisistas”, seria o programa “Aposentadoria Rica”, que daria a todo o paranaense o direito de receber uma complementação do benefício suficiente para atingir R$ 26,5 mil, valor que o próprio Requião recebe mensalmente a título de pensão como ex-governador. O senador, até se aposentar, era um crítico feroz desse tipo de benefício, mas depois brigou na Justiça para receber a “boca rica”, não dispensando nem mesmo os valores atrasados. Os petistas dizem acreditar que, por questão de coerência, Requião desejará estender o privilégio a todos os paranaenses.

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