Com candidatura marcada por equívocos e escândalos, Gleisi tem dificuldade para encontrar um vice

gleisi_hoffmann_61Pane seca – A candidatura de Gleisi Hoffmann continua cambaleando. O PT prepara para quinta-feira (3) o quarto lançamento da candidatura da senadora ao governo do Paraná, uma vez que a petista não decola. Emoldurada por escândalos – como o do pedófilo Eduardo Gaievski, levado à Casa Civil na condição de assessor especial, ou o do ainda deputado André Vargas, envolvido no caso Labogen-Youssef e que era seu coordenador de campanha, a candidatura de Gleisi tem dificuldade para, inclusive, pegar no tranco.

A própria senadora, que é budista e seguidora da seita indiana Brahma Kumaris, confessa aos mais íntimos: “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece”.

A candidatura de Gleisi está tão desacreditada, que a escolha do candidato a vice virou uma enorme lambança. Ninguém queria o cargo, que acabou caindo nas mãos do inexpressivo Haroldo Ferreira, do PDT, ex-secretário municipal da Saúde de Araucária, município da Região Metropolitana de Curitiba.

Outro ponto alto da trajetória política de Ferreira foi ter sido o vice de Jorge Samek na primeira e malograda tentativa do PT de eleger um governador do Paraná, em 1994. Samek não se elegeu, mas ganhou, em 2003, o comando da Itaipu Binacional como prêmio pelas inúmeras e alegres pescarias que patrocinou para Lula no lago de Itaipu, onde sua família tem uma grande propriedade rural.

A formação da chapa de Gleisi foi um processo tão penoso e confuso que Ferreira foi alçado à condição de vice depois do prazo legal de 30 de junho. Os erros se sucedem na campanha da petista, escolhida pela presidente Dilma para ser um dos “buldogues palacianos” no Senado Federal. O PT do Paraná foi o articulador da candidatura do senador Roberto Requião (PMDB).

A ideia era garantir um segundo turno contra o governador tucano Beto Richa, mas Requião tornou-se o pior pesadelo dos petistas. O senador se aproveitou do desgaste de Dilma Rousseff, e do estrago político que Gleisi sofreu ao defender, no Senado, o acobertamento da roubalheira na Petrobras. O resultado é que o próprio Roberto Requião proclama que teria pesquisas demonstrando que já ultrapassou a petista. Para reverter a situação o PT prepara uma série de ataques fulminantes para tentar desacreditar Requião.

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