Cerco fechado – Diante de jornalistas internacionais, separatistas pró-Rússia entregaram a uma delegação da Malásia na noite desta segunda para terça-feira (22) as duas caixas-pretas do avião que caiu na quinta-feira passada na região controlada por eles, no leste da Ucrânia.
Os separatistas também afirmaram ter instituído um cessar-fogo num raio de 10 quilômetros em torno do local onde o avião da Malaysia Airlines caiu, para facilitar a investigação sobre as causas da queda, que os EUA atribuem a um míssil disparado a partir da região controlada pelos separatistas.
“Aqui estão as caixas pretas”, disse o líder separatista Aleksander Borodai. Um representante da delegação malaia agradeceu os rebeldes e disse que as caixas-pretas estavam intactas, com poucos sinais de danos. A entrega aconteceu na sede da autoproclamada República Popular de Donetsk.
Horas antes, um trem refrigerado com os restos mortais das quase 300 vítimas fatais deixou a estação de Torez, perto do local da tragédia, rumo à cidade de Carcóvia, controlada pelo governo. De lá, os restos devem ser levados para a Holanda, país de origem de 193 vítimas, para identificação.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, disse ao Parlamento que a prioridade de seu governo é recuperar e identificar os corpos dos passageiros. Nesta segunda-feira, os separatistas permitiram, pela primeira vez, que peritos holandeses inspecionassem rapidamente os corpos, já no vagão de um trem refrigerado.
Ao entregar as caixas-pretas, Borodai reiterou que os rebeldes não dispõem de “capacidade técnica” para abater um avião de passageiros. Os EUA acusam os rebeldes, apoiados pela Rússia, de ter derrubado o avião com um míssil. (Com agências internacionais)