Refazendo contas – Divulgada na noite de terça-feira (22), a mais recente pesquisa Ibope sobre a corrida presidencial mostrou a petista Dilma Rousseff na dianteira da disputa, com 38% das intenções de voto. Em segundo lugar aparece o tucano Aécio Neves, com 22%, seguido de Eduardo Campos (PSB), com 8%. O levantamento aponta que no segundo turno a candidata do PT venceria qualquer um dos seus adversários, o que não deve ser considerado como verdade.
Os técnicos do Ibope por certo discordarão deste site, mas nossa afirmação está calcada em uma combinação de fatores. O primeiro deles, o mais importante, é que a maioria do eleitorado brasileiro quer mudança na condução do País. E quando o assunto é mudança, a maior prejudicada é
O segundo fator, também com importância relevante, é que o índice de rejeição de Dilma está em 36%, muito acima da soma dos de Aécio (16%) e Eduardo Campos (11%). Ou seja, a presidente precisa se preocupar com o fato de que ela própria é seu maior problema.
O terceiro fator a ser considerado é que a rejeição de Dilma não será revertida com a presença da petista no horário eleitoral gratuito ou em eventuais aparições públicas, como está sendo cogitado pelo staff de sua campanha. O problema maior para a presidente dirimir está na crise econômica, cuja solução passa obrigatoriamente pela adoção de medidas radicais e, por consequência, impopulares. Isso significa que a crise continuará como está, o que imporá a Dilma riscos crescentes em sua caminhada às urnas de outubro próximo.
O detalhe final dessa pesquisa, assim qualquer outra, é que a chance de reeleição de um candidato que está no poder deve ser calculada de uma forma que os institutos não levam a cabo. A conta passa pelos índices de aprovação do governo. No caso do governo Dilma, 31% dos entrevistados consideração a atual administração petista ótima ou boa, enquanto 36% consideram regular. O resultado, cuja fórmula informamos em matéria anterior, mostra que a candidata do PT ao Palácio do Planalto tem 32,5% de chance de vencer a eleição presidencial.
Isso não apenas mostra que é grande a possibilidade de o Partido dos Trabalhadores ser despejado do poder central, mas explica o desespero cada vez maior que vem tirando o sono do staff petista e da cúpula da campanha de Dilma Vana Rousseff.