Cresce no PT movimento que defende a retirada da candidatura de Gleisi e apoio a Requião

roberto_requiao_27Esquerdista ao mar – Abalada por escândalos como a nomeação do pedófilo Eduardo Gaievski (28 estupros de meninas menores) para coordenar programas federais destinados à infância e à adolescência, além de ter como coordenador de campanha o deputado André Vargas, apontado como sócio do doleiro Alberto Youssef, a candidatura da petista Gleisi Hoffmann naufraga no Paraná. Setores importantes do Partido dos Trabalhadores já pregam abertamente a desistência de Gleisi e a concentração do poder de fogo da legenda e do governo federal na candidatura do peemedebista Roberto Requião.

Essa reviravolta mostra que a candidatura de Gleisi atingiu estágio, cenário que ganha contornos de verdade com a indicação do deputado federal petista Dr. Rosinha para coordenar um comitê Dilma-Requião, que já é chamado de “Dilmão”. A escolha de Rosinha para coordenar o tal comitê é um indicativo de que a candidatura de Gleisi desmorona.

Apesar de ser tão radical quanto o senador peemedebista e de ter apoiado a recente invasão do MST à Araupel (fazenda de reflorestamento em Quedas do Iguaçu que gera 1.050 empregos diretos e 10 mil indiretos), Rosinha sempre foi adversário político de Requião no Paraná. Sua decisão de abandonar Gleisi e comandar um comitê PT-PMDB é de sinal que a candidatura da senadora já não empolga muitos “companheiros”.

Nem mesmo os recentes escândalos envolvendo Requião – como o dos cavalos misteriosos de “Maria Louca” ou a divulgação de um boletim de ocorrência, registrado por Maristela Requião, mulher do senador, denunciando suposto caso de violência doméstica – parecem ter abalado a decisão de uma grande ala do PT de abandonar Gleisi e aderir à candidatura de Requião. A senadora conseguiu somar a grande rejeição que o PT sofre no Paraná à sua própria coleção de tropeços políticos.

Divergências políticas à parte, Rosinha e Requião compartilham crenças na eficácia do radicalismo esquerdista, em especial com relação à questão fundiária. O deputado é especializado em produzir emendas parlamentares para direcionar dinheiro público para assentamentos do MST e ONGs ligadas aos sem-terra, além de ser figura fácil na linha de frente das invasões. Já Requião construiu sua carreira política manipulando os movimentos sociais e estimulando invasões de áreas urbanas e rurais.

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