Na contramão – Sabem os leitores que no ucho.info não se tergiversa, assim como não se faz jornalismo de encomenda. Os que se incomodam com a forma independente e verdadeira como fazemos jornalismo que se mudem ou, então, suportem as consequências dos seus atos, pois neste site não se protege esse ou aquele político, mesmo diante da eventual preferência política dos leitores.
Há dias, repetindo o que fazemos em todas as eleições, o ucho.info trouxe matéria com críticas à presidente Dilma Rousseff, que aterrissou em São Paulo para um ato de campanha em pleno horário de expediente. Não bastasse, a candidata do PT à reeleição usou o avião presidencial para visitar um posto de saúde na cidade de Guarulhos. Na reportagem destacamos que o abuso da presidente da República, que não sabe diferenciar os direitos inerentes ao cargo com os interesses de campanha, custaria pelo menos R$ 150 mil se o Partido dos Trabalhadores decidisse bancar a sandice.
Ainda na mesma matéria, o ucho.info defendeu a necessidade de um candidato à reeleição se licenciar do cargo, ou até mesmo renunciar, para que não haja confusões ou ocorra interpretações distorcidas. Afinal, não se pode aceitar que o suado dinheiro do contribuinte seja usado para financiar candidatos e atos de campanha. Quem busca a eleição ou a reeleição que coloque a mão no bolso.
Candidato do PSDB à Presidência da República, o senador mineiro Aécio Neves anunciou que solicitaria ao Senado federal licença do cargo para se dedicar à campanha. Nada mais justo e coerente, até porque, como mencionado, o dinheiro público não pode custear candidatos. Repentinamente, negando as próprias palavras, Aécio Neves mudou de ideia e anunciou que não mais se licenciará do cargo de senador da República. Trata-se de um péssimo exemplo para quem vem se apresentando ao eleitorado como a opção de mudança.
O Brasil não mais suporta esse jeito bandoleiro e incoerente de se fazer política, por isso é preciso uma mudança séria para que deixemos para trás o estigma de ser o país do futuro, que há algumas décadas nos acompanha.
Aécio Neves perdeu uma enorme oportunidade de mostrar ao povo brasileiro que ainda é possível manter a esperança na busca de uma nação melhor e mais justa a partir da política. A irresponsabilidade do candidato tucano ganha força diante do fato de que deputados e senadores decidiram cancelar o esforço concentrado agendado para setembro, que seria o segundo antes das eleições. O ucho.info discorreu sobre o tema em matéria publicada na edição desta quinta-feira, 7 de agosto.
É preciso que os brasileiros de bem pressionem todos os candidatos que atualmente ocupam algum cargo público, para que se licenciem ou renunciem como forma de manter a fraca lamparina da esperança. Do contrário, o vale-tudo mais uma vez será referendado nas urnas.
