Lewandowski é eleito presidente do STF; ministra Cármen Lúcia assume a vice-presidência da Corte

ricardo_lewandowski_25Favas contadas – Confirmando o que já era esperado, o ministro Ricardo Lewandowski foi eleito por nove votos a um, no começo da tarde desta quarta-feira (13), presidente do Supremo Tribunal Federal. Lewandowski, 66 anos, foi indicado à Suprema Corte pelo então presidente Luiz Inácio da Silva e assume a vaga aberta com a aposentadoria antecipada do ministro Joaquim Barbosa.

Até então vice-presidente do STF, Ricardo Lewandowski, estava como presidente interino desde o início de agosto, quando Barbosa deixou a mais alta instância do Judiciário, após comandar o histórico julgamento da Ação Penal 470, que teve como cardápio o escândalo de corrupção que ficou nacionalmente conhecido como Mensalão do PT. Na eleição desta quarta-feira, a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha foi escolhida como vice-presidente do STF.

O resultado não fugiu às expectativas porque, tradicionalmente, o plenário do STF elege o ministro com mais tempo de atuação que ainda não presidiu a Corte. Após o cumprimento do mandato de dois anos, o ministro que presidiu o STF vai para o fim da fila. Como vice é escolhido o segundo ministro com mais tempo de atuação que não tenha presidido o tribunal.

Após a proclamação do resultado, que ficou a cargo do ministro Luís Roberto Barroso, o mais novo da Corte, Lewandowski fez um rápido juramento em que prometeu respeitar a liturgia do tribunal.

“Comprometo-me desde logo a honrar as tradições mais do que seculares do Supremo Tribunal Federal e também cumprir e fazer respeitar a consagrada liturgia desta Casa de Justiça”, afirmou o novo presidente do STF.

Independentemente da formalidade do discurso de Lewandowski, faz-se necessário lembrar que o Supremo Tribunal Federal foi palco nos últimos meses de um sério e caloroso embate entre seus integrantes, por causa do Mensalão do PT. Ministros da Corte alinhados com Lula e com o PT passaram a proferir votos em benefício dos mensaleiros, como se fossem seus advogados de defesa dos réus. O fato causou perplexidade na opinião pública e serviu para reforçar a tese de que a Corte fora aparelhada pelo PT.

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