Dilma ataca Marina Silva por relação com herdeira do Itaú, mas não explica o monopólio petroquímico

dilma_rousseff_464Lixa grossa – Dilma Rousseff, a presidente, certamente não sofre com falta de espelho no Palácio da Alvorada, o que, em tese, permite que se depare com sua essência ridícula e mentirosa que está a serviço da candidata petista que tenta ficar mais uma temporada no governo central. Campanhas eleitorais deveria se transformar em cenário para propostas dos candidatos, mas no Brasil a política é, também, um pugilato contínuo. Isso porque desqualificados com mandato – ou correndo atrás de um – tentam manter o lugar cativo no ubre da viúva. Como no Brasil assaltar cofres públicos tornou-se coisa do cotidiano, que está no poder não quer perder a mamata bilionária.

Ciente de que pode perder a corrida presidencial para sua rival Marina Silva, a petista passou a acusar a candidata do PSB de ser sustentada por banqueiros. Esse ataque sórdido e rasteiro se deve ao fato de Neca Setúbal, uma das herdeiras do banco Itaú-Unibanco, ser a coordenadora do programa de governo de Marina Silva. Fora isso, a campanha petista pode mostra nos programas do partido que Neca não apenas doou R$ 1 milhão ao Instituto Marina Silva, como bancou, em 2013, 83% das despesas da entidade.

Considerando que cada um faz o que quiser com o próprio dinheiro, Dilma e seus quejandos não deveria se preocupar com o fato. Ademais, a relação política de Neca e Marina vem de longa data e por isso não deveria servir de motivo para a presidente-candidata desferir ataques tão pífios e cobardes, algo típico dos derrotados por antecipação.

A temperatura subiu nas coxias da campanha de Dilma depois que Roberto Setúbal, presidente do Itaú-Unibanco, disse que a gestão no Brasil é medíocre. Por causa dessa declaração conservadora, mas que traduz a realidade nacional, Roberto Setúbal deveria ser homenageado com uma estátua, assim como tantos brasileiros que criticam o desgoverno petista, responsável pelo período mais corrupto da história nacional.

O ucho.info não está a defender banqueiros e muito menos a família Setúbal, mas cada qual dá o destino que quiser ao próprio dinheiro, assim como deve se debruçar sobre o artigo da Constituição federal que garante ser “livre a manifestação do pensamento, desde que vedado o anonimato”. Como Roberto Setúbal falou o que pensa, sem qualquer ato que configurasse transgressão ou leviandade, Dilma Rousseff deve no máximo reconhecer a própria incompetência a agradecer ao banqueiro por ter sido elegante ao se referir aos desmandos que emanam do Palácio do Planalto.

Dilma não tem uma dose de razão sequer para criticar Marina Silva e sua proximidade com Neca Setúbal, pois seu mentor político-eleitoral, o lobista Lula, só foi eleito presidente em 2002 porque os banqueiros dessa louca Terra de Macunaíma decidiram apostar no ex-metalúrgico como forma de lucrar ainda mais. Ainda em 2002, durante reunião de banqueiros, em São Paulo, o editor do ucho.info presenciou um presidente de banco disparar a seguinte frase: “O Lula está nas nossas mãos”.

Monopólio da Odebrecht

Independentemente do fato de Neca Setúbal ser uma das acionistas do Itaú-Unibanco, Dilma Rousseff não tem motivo para atacar a presidenciável do PSB. Afinal, nos últimos onze anos e meio o PT se refestelou entre banqueiros e donos de empreiteiras. Por falar em empreiteiras, Dilma deveria fazer um mea culpa e pedir desculpas aos brasileiros por ter ordenado, juntamente com Lula, a formação do monopólio do setor petroquímico, entregue a preço de banana ao grupo Odebrecht.

Aos que desconhecem o tema, basta se inteirar sobre a sequência de atos covardes praticados pelo governo do PT e pela Petrobras na seara da Petroquímica Triunfo, do Rio Grande do Sul, que foi expropriada a mando dos palacianos porque Lula precisava atender aos interesses do grupo capitaneado por Emílio e Marcelo Odebrecht.

O maior prejudicado na expropriação da Petroquímica Triunfo foi o empresário Boris Gorentzvaig (já falecido), um dos pioneiros do setor petroquímico no Brasil, que deixou aos herdeiros a missão de lutar por aquilo a que tinha direito e lhe foi tomado como estivesse diante de batedores de carteira, como os que no passado atuavam nas ruas e praças de muitas cidades brasileiras.

O Ministério Público Federal e a Polícia Federal precisam aproveitar a disposição de Paulo Roberto Costa de contar o que sabe, algo que só foi possível por conta da formalização de um acordo de delação premiada, e questionar o ex-diretor da Petrobras sobre como se deu a expropriação da parte que cabia à família de Boris Gorentzvaig na Petroquímica Triunfo.

Em matéria publicada na terça-feira, 9 de setembro, o ucho.info sugeriu que procuradores e delegados federais ouçam o que têm a dizer alguns personagens desse imbróglio, como Luiz Inácio da Silva, Dilma Vana Rousseff, José Sérgio Gabrielli, Edison Lobão, Paulo César de Aquino, Djalma Rodrigues, Edmundo Aires Brito, José Lima, André Damiani, Patrick Horbach, César Mansoldo, Emílio Odebrecht, Marcelo Odebrecht e Alexandrino Alencar.

Para finalizar, enquanto Marina Silva briga pelo direito de ocupar o Palácio do Planalto, a petista Dilma Rousseff continua sendo sustentada por empreiteiras e empresas do setor petroquímico. Sem contar o saque aos cofres da Petrobras, que deveria ser o maior caso policial da história brasileira.

apoio_04