Dilma protagoniza espetáculo de mitomania na abertura da Assembleia Geral da ONU, em NY

dilma_rousseff_467Perna curta – A presidente Dilma Rousseff levou à tribuna da Assembleia Geral da ONU, nesta quarta-feira (24), em Nova York, um discurso semelhante ao que vem vociferando na sua mentirosa campanha à reeleição. Durante aproximadamente meia hora, Dilma destacou as conquistas sociais de seu governo e do antecessor, o lobista Luiz Inácio da Silva, em setores como saúde e combate à fome, à miséria e ao desemprego.

Se como presidente Dilma não se importa com a avalanche mitômana que a acompanha, como candidata muito menos. O que a petista balbuciou diante de dezenas de chefes de Estado foi uma reunião de mentiras de todos os naipes, pois os brasileiros de bem, que não se deixam levar pelos embustes palacianos, sabem a real situação do País. No momento em que Dilma discursava na Assembleia Geral da ONU, o Banco Central brasileiro atuava fortemente no mercado de câmbio para tentar conter a alta do dólar, que no dia anterior rompeu a barreira de R$ 2,40. Esse detalhe é uma mostra isolada do cipoal de inverdades que Dilma levou a Nova York, pois a elevação da moeda norte-americana representa mais inflação e, por conseguinte, redução ainda maior do poder de compra do trabalhador.

“Há poucos dias a FAO [agência da ONU para alimentação e agricultura] informou que o Brasil saiu do mapa da fome. Essa mudança foi resultado de uma política econômica que criou 21 milhões de empregos, valorizou o salário básico, aumentando em 71% seu poder de compra”, afirmou a presidente. “Com isso, reduziu a desigualdade. Trinta e seis milhões de brasileiros deixaram a miséria desde 2003, 22 milhões somente em meu governo.”

No que se refere ao combate à fome e à miséria, Dilma não tem muito que dizer, uma vez que o governo do PT considera como fora da zona de miserabilidade o cidadão que recebe R$ 77 por mês, enquanto que deixa a linha da pobreza aquele que recebe mensalmente R$ 154. A presidente é de tal forma abusada, que não leva em consideração as seguidas propostas do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) para o salário mínimo ideal, que em agosto era de R$ 2.861,55. Para que o leitor consiga avaliar o besteirol que a presidente despejou na ONU, um pãozinho (do tipo francês) e uma banana custam, junto, R$ 1,20 na melhor das hipóteses. Se o cidadão que, de acordo com o PT, deixou a zona da miséria quiser comer um pão com banana duas vezes ao dia, terá de desembolsar ao longo de um mês a bagatela de R$ 72.

Dilma ressaltou os avanços na economia brasileira, que, segundo a própria oradora, sobreviveu às piores consequências da crise de 2008, como o desemprego e o congelamento de investimentos. O Brasil, afirmou a presidente, saltou da 13ª para a sétima maior economia do planeta, sendo que a renda per capita mais que triplicou. O Brasil está debaixo de uma crise econômica grave, mas Dilma preferiu travestir a realidade para não comprometer seu discurso e principalmente sua campanha à reeleição. Inflação alta, consumo em queda, taxas de juro elevadas, crédito difícil, endividamento recorde das famílias, inadimplência em níveis preocupantes e um movimento de demissões que começa a ganhar força, mas para Dilma o Brasil é o “País de Alice”.

No discurso de abertura da 69ª Assembleia Geral da ONU, Dilma lembrou que o Brasil está a menos de duas semanas de eleições gerais e ressaltou a consolidação de políticas de combate à corrupção e de defesa dos direitos humanos nos doze anos de governo do PT.

Aqui como em Nova York, Dilma está sob o manto da democracia, o que garante a qualquer cidadão a livre manifestação do pensamento. Ou seja, a presidente pode despejar quantas inverdades quiser, pois a liberdade de expressão lhe faculta essa sandice. É no mínimo ousadia desmedida falar em combate à corrupção, quando se sabe que o PT foi – e a ainda é – responsável pelo período mais corrupto do País. O conjunto de escândalos que recheia a Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, tem todos os ingredientes para se tornar o maior caso de corrupção da história nacional.

Mas a Assembleia Geral da ONU tem esse poder mágico de transformar patetas em supostos herdeiros de Aladim, o folclórico gênio da lâmpada maravilhosa. E os brasileiros que se preparem, pois Dilma desembarcará no País na manhã de quinta-feira (25) acreditando que é o Messias de saia.

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