Covardia explícita – Extremistas argelinos aliados ao “Estado Islâmico” (EI) divulgaram nesta quarta-feira (24) vídeo com a decapitação de um refém francês, após o fim do ultimato dado pelos radicais à França. Pouco depois, o presidente François Hollande confirmou a morte do refém.
O montanhista Hervé Gourdel, de 55 anos, havia sido feito refém no último domingo (21) pelo grupo Jund al-Khilafa (soldados do califado), nas montanhas da Argélia. Ele seria morto dentro de 24 horas caso a França não interrompesse os bombardeios ao “Estado Islâmico” no Iraque. O governo francês se recusou a retroceder.
O serviço norte-americano de monitoramento de atividades terroristas “Site Intelligence Group” localizou o vídeo dos extremistas argelinos com a decapitação de Gourdel.
O vídeo, intitulado “Mensagem de sangue para o governo francês”, é semelhante aos que mostraram as decapitações, nas últimas semanas, de dois jornalistas estadunidenses e de um voluntário britânico que trabalhava em serviços humanitários.
A gravação mostra imagens de Hollande na ocasião em que anunciou a participação de França nos ataques contra o Estado Islâmico no Iraque, seguidas de imagens do refém, ajoelhado e com as mãos atrás das costas, cercado por quatro homens armados.
Em seguida, um dos homens lê uma mensagem em que critica a intervenção dos “criminosos cruzados franceses” contra os muçulmanos na Argélia, no Mali e no Iraque. Pouco depois, aparecem imagens de um dos jihadistas com a cabeça do refém e o corpo deste caído no chão.
A França havia iniciados os ataques aéreos na sexta-feira (19), unindo-se à campanha dos Estados Unidos contra o EI. “Nossos valores estão em jogo”, afirmou o primeiro-ministro francês Manuel Valls, após saber da divulgação do vídeo. Ele não quis tecer maiores comentários, mas minutos antes havia dito que a França prosseguiria com a investida no Iraque, pelo tempo que for necessário. (Com agências internacionais)