Padilha e Skaf, desesperados, ousam falar de corrupção em debate entre candidatos ao governo de SP

alexandre_padilha_07Face lenhosa – Era sabido que no debate entre os candidatos ao governo paulista o tucano Geraldo Alckmin seria o alvo predileto do petista Alexandre Padilha e do peemedebista Paulo Skaf. E assim foi. De igual modo todos sabem que no Brasil, via de regra, o exercício da política está atrelado à corrupção. Até porque, na última década o País foi transformado em uma incansável usina de escândalos, sem que as autoridades consigam apurar cada um e sem que o cidadão recorde de todos os imbróglios.

Como tem afirmado o ucho.info, Alckmin ainda deve à população do mais importante estado brasileiros explicações convincentes sobre o escândalo do cartel formado em torno do Metrô e da CPTM. O governo paulista criou uma auditoria independente para apurar os fatos, mas até agora nada foi revelado pelo colegiado. Não se trata de marcação cerrada a Geraldo Alckmin, mas de cobrar resultados de uma auditoria que está sendo financiada pelo dinheiro público.

Pois bem, se por um lado Alckmin ainda deve explicações, por outro Padilha e Skaf não têm moral para falar de corrupção e acusar o governador paulista, pois seus partidos, o PT e o PMDB, respectivamente, estão atolados em escândalos, muitos dos quais envolvendo gente graúda de ambas as legendas. Durante os ataques a Geraldo Alckmin, no debate transmitido pela TV Globo, Padilha e Skaf mais pareciam dois raros exemplares da moralidade.

No caso de Alexandre Padilha, ele próprio é investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público na Operação Lava-Jato, mais especificamente no caso do laboratório-lavanderia Labogen, criado pelo Alberto Youssef para lesar saquear os cofres do Ministério da Saúde, com a ajuda do ex-petista André Vargas, deputado federal que está na fila da cassação. No âmbito do PT, outros “companheiros” estão no olho do furacão da Lava-Jato: João Vaccari Neto, tesoureiro do partido, Cândido Vaccarezza, Antonio Palocci Filho, Dilma Rousseff e o senador Delcídio Amaral, candidato petista ao governo de Mato Grosso do Sul.

Na seara do PMDB, Skaf não tem muito que falar sobre corrupção, pois o presidente nacional do partido, Michel Temer, que mais uma vez faz dupla com Dilma, foi alvo da Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, que encontrou o nome do vice-presidente da República em uma lista de pagamento de propinas da empreiteira Camargo Corrêa. No âmbito da Operação Lava-Jato sobram peemedebistas envolvidos no escândalo que tem tudo para ser o maior da história política nacional. São eles: Roseana Sarney, Edison Lobão, Renan Calheiros, Henrique Eduardo Alves, Romero Jucá, entre outros tantos.

Sendo assim, o melhor que Padilha e Skaf podem fazer é discutir assuntos do interesse do povo paulista, deixando de lado as questões relacionadas a corrupção, pois se chacoalhar o andor a surpresa será ainda maior. Afinal, a Operação Lava-Jato deu apenas os primeiros passos na rampa do Palácio do Planalto.

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