Em debate na Globo, Dilma deixa evidente que teme enfrentar o tucano Aécio no segundo turno

dilma_aecio_01Luz vermelha – Arrogante, mitômana, desconexa e visivelmente nervosa, Dilma Rousseff estreou no debate dos presidenciáveis, promovido pela Rede Globo, exibindo sua fragilidade eleitoral, a qual não foi explorada adequadamente pelos adversários durante a campanha ao Palácio do Planalto. Candidata à reeleição, Dilma deixou claro no debate que seu maior temor é enfrentar o tucano Aécio Neves no segundo turno, pois sabe que Marina Silva, candidata do PSB, já deu mostras de não suportar o jogo sujo dos petistas.

Ao contrário de Marina, os tucanos terão à disposição não apenas os fracassos recorrentes de Dilma na economia, mas o cipoal de denúncias que começa a ser desfiado pelo doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na esteira da Operação Lava-Jato.

Dilma continua insistindo no discurso que em seu governo jamais varreu-se a corrupção para debaixo do tapete, mas essa declaração é mais uma das sonoras mentiras balbuciadas pela petista, pois muitos dos escândalos foram abafados para não comprometer a presidente-candidata, mas principalmente para poupar Lula, o lobista malandro, e o próprio Partido dos Trabalhadores, já baqueado com a prisão dos mensaleiros.

Fosse uma mulher de palavra, imagem que tenta vender aos eleitores incautos, Dilma já teria cobrado da Polícia Federal uma solução para o escândalo desmontado pela Operação Porto Seguro, que flagrou Rosemary Noronha, a namorada de Lula, em um esquema de corrupção e tráfico de influência. As investigações foram sufocadas por ordem do Palácio do Planalto, até porque a imagem de Lula implodiria com o avanço da operação policial.

Todavia, é preciso lembrar que a Polícia Federal saiu forte e confiante da Operação Lava-Jato, que cada vez mais se aproxima do núcleo duro do governo petista. Como afirmou o ucho.info em recente matéria, a Lava-Jato, cedo ou tarde, há de subir a rampa do Palácio do Planalto e ceifar os governantes que apostam na impunidade como forma de se perpetuar no poder. O esquema capitaneado pelo doleiro Alberto Youssef é muito maior e mais abrangente do que se pode imaginar. Em algum momento, Lula e Dilma hão de capitular. Aliás, Youssef, a pedido de Paulo Roberto Costa, fez um depósito de R$ 2 milhões na conta da campanha de Dilma, em 2010. Dinheiro sujo da Petrobras, que a presidente sempre negou a existência.

Não bastasse a onda de corrupção que varre o País de ponta a ponta, o governo da petista Dilma Rousseff fracassou de maneira vergonhosa na condução da economia, que se aproxima perigosamente do despenhadeiro da crise. Dilma vem reiterando que seu governo tirou milhões de brasileiros da miséria, mas é impossível aceitar a ideia de que alguém, no Brasil atual, consiga espantar a miséria com R$ 77 no bolso. Esse valor pífio é a linha de corte criada pelo governo para determinar a exclusão de alguém do universo da miséria.

Enquanto Dilma e seus sequazes gazeteiam pelo Brasil afora feitos mentirosos, a realidade – dura, é verdade – bate à porta de cada brasileiro. A inflação oficial, que Dilma diz estar sob controle, já ultrapassou o teto (6,5%) do plano de metas estabelecido pelo próprio governo. A inflação real, aquela que açoita diuturnamente o trabalhador, há muito deixou para trás o patamar de 20% ao ano. A presidente-candidata por certo há de nos contestar, mas não se pode acreditar que a inflação oficial é menor do que a taxa básica de juro, que nos dias atuais está em 11% ao ano. Essa disparidade mostra que o governo petista é movido pela mitomania.

Desmontar as argumentações de Dilma não é tarefa das mais árduas, até porque contra fatos e números inexistem argumentos. Basta um pouco de massa cinzenta, disposição para o enfrentamento e destemor para lidar com alguém descompensado e truculento. O medo de Dilma de ter de enfrentar Aécio Neves no segundo turno ficou evidente quando a petista, no debate da Vênus Platina, insistiu em polarizar com o candidato tucano.

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