Cruzando os dedos – Candidata à reeleição, Dilma Vana Rousseff diz que não tem preferência em relação ao adversário do segundo turno, mas é mais do que evidente que a petista prefere enfrentar Marina Silva, do PSB, que já deu mostras do estrago feito pelos ataques orquestrados pelo marqueteiro João Santana, sempre recheados de mentiras.
Com a divulgação das recentes pesquisas eleitorais, que apontam o tucano Aécio Neves numericamente à frente de Marina Silva (tecnicamente ambos estão empatados), o movimento nos bastidores do PT e do staff da campanha de Dilma foi grande nas últimas horas.
Dilma, ao contrário do que diz, sabe que enfrentar o tucano Aécio Neves não será tarefa fácil, até porque trechos dos depoimentos do doleiro Alberto Youssef devem começar a vazar nos próximos dias, o que complicará sobremaneira a situação do PT, cada vez mais mergulhado no maior escândalo de corrupção da história nacional.
É importante lembrar que Youssef, que atendeu a um pedido de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que por sua vez se rendeu a uma solicitação de Antonio Palocci Filho, fez um depósito de R$ 2 milhões na conta da campanha de Dilma, em 2010. Em suma, essa transgressão já é considerada o fio da meada.
A grande questão é que a Operação Lava-Jato ainda está em seu segundo ato, sendo que o pior ainda está por vir. Afinal, Youssef, que sempre foi um precavido, trocará uma condenação de algumas longas décadas atrás das grades pelo seu manancial de provas, todas muito bem guardadas.
Não se deve descartar a possibilidade de políticos oposicionistas serem flagrados na contabilidade de Alberto Youssef, mas o estrago maior será com os integrantes da chamada base aliada, que durante quase doze anos nadaram de braçada nesse mar de lama petista.
Fora isso, por mais que os especialistas em política digam que em tempos de eleição os petistas deixam de lado as cizânias e se unem, alguns “companheiros” repetiram ao editor do ucho.info a seguinte frase: “O pior é ter de votar na Dilma”. Ou seja, a candidata-presidente não é unanimidade dentro da legenda, cuja cúpula treme cada vez que pensa na possibilidade de toda a bandalheira ser descoberta.
