Depois de muitos protestos por mudanças, brasileiros elegem Romário e o palhaço Tiririca

tiririca_02Vergonha nacional – Muito se falou ao longo do período eleitoral sobre as manifestações de junho do ano passado e o desejo de mudança da população. Principais palcos dos protestos, em sua maioria marcados por violência e depredação, São Paulo e Rio de Janeiro mostraram o despreparo dos que clamam por mudanças. Quando alguém fala em mudar subentende-se que a mudança será para melhor. Do contrário, por questão de lógica, não vale a pena mudar.

No maior colégio eleitoral do País, São Paulo, os eleitores paulistas deram um péssimo exemplo ao reconduzir à Câmara dos Deputados o palhaço Tiririca, que em seu primeiro mandato nada de proveitoso fez. Aliás, Tiririca não discursou uma só vez ao longo de quatro anos. Há quem garanta que Tiririca representa o voto de protesto, mas não se pode levar a sério uma tese como essa quando o candidato arranca das urnas mais de um milhão de votos. Tiririca é o retrato da sociedade que quer mudanças, por isso nada deve acontecer, porque qualquer palhaçada política fará a felicidade da população.

Quando o objetivo é mudar, que seja para melhor. Além de não dar oportunidade à mudança, os eleitores de São Paulo permitiram a continuidade do que é ruim e vergonhoso. Somente quem já acompanhou a atividade do palhaço Tiririca como parlamentar sabe avaliar o perigo que uma eleição como essa representa, principalmente para um país que desde o seu descobrimento espera por dias melhores.

No Rio de Janeiro, os eleitores decidiram enviar para o Senado Federal ninguém menos que Romário de Souza Farias, ex-atacante da seleção brasileira. Mais um descaso com o País, que tanto precisa de mudanças e ações propositivas. O despreparo da sociedade está transformando a política nacional em uma espécie de reality show, tamanho é o número de celebridades que agora frequentam esse universo. Mudar? Como?

Não se trata de querer transformar a política em um clube privado ou, então, de cercear os direitos de todos os cidadãos, mas não se pode levar um país em crise na base da brincadeira e da inexperiência. Tiririca ainda não sabe o porquê da sua primeira eleição, assim como Romário desconhece o que tem a oferecer ao Brasil. A vida política nacional já viveu dias melhores, por isso a sociedade não pode compactuar com situações preocupantes como a que vivemos no momento. É preciso patriotismo, seriedade, conhecimento e responsabilidade no trato da coisa pública a também na vida parlamentar.

Nos oito anos de mandato como senador, Romário custará ao contribuinte aproximadamente R$ 15 milhões, conta feita na seara da oficialidade e que inclui os gastos de gabinete e seus penduricalhos. Antes de tudo é preciso saber quanto o ex-jogador de futebol gastou para conquistar um posto na mais alta instância do Poder Legislativo. Na sequência, é importante perguntar o que esse gasto milionário em salários e despesas produzirá em benefício do Brasil e dos brasileiros. No que tange a Tiririca, o deputado-palhaço custará aos brasileiros a metade, R$ 7,5 milhões, em quatro anos de mandato. Se para ter algumas celebridades circulando nos corredores do parlamento é preciso gastar essa dinheirama, que o Congresso Nacional abra uma filial do museu de cera Madame Tussauds.

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