Datafolha mostra Aécio e Dilma empatados, enquanto tucanos não reagem às mentiras do PT

dilma_aecio_03Pasmaceira tucana – A disputa pelo Palácio do Planalto entre o tucano Aécio Neves e a petista Dilma Rousseff continua empatada, de acordo com a mais recente pesquisa Datafolha, realizada na terça-feira (14) e nesta quarta-feira (15). Faltando onze dias para o segundo turno da eleição presidencial, Aécio, segundo o instituto de pesquisas, tem 51% dos votos válidos, enquanto que Dilma tem 49%. Trata-se de um empate técnico, já que a margem de erro é de dois pontos percentuais, sendo que os índices alcançados por cada candidato são idênticos ao da pesquisa anterior (8 e 9 de outubro).

Em votos totais, Aécio tem 45%; Dilma, 43%. No levantamento anterior, cada um tinha um ponto percentual a mais. Os eleitores que declararam voto nulo ou em branco saltaram de 4% para 6%. Os indecisos mantiveram-se em 6%.

Esse resultado mostra alguns pontos interessantes e que devem ser analisados com cautela. O primeiro deles envolve Marina Silva. O apoio da ex-presidenciável do PSB em nada contribuiu para a situação do candidato tucano na corrida presidencial. Marina demorou a decidir e quando anunciou seu apoio, com excesso de discurso, muitos dos seus eleitores já tinham definido em quem votar. A maioria dos que votaram em Marina migraram para a campanha de Aécio.

Da mesma forma não surtiu qualquer resultado prático o apoio de Renata Campos, viúva de Eduardo Campos, e de seus filhos a Aécio Neves. O que mostra que o efeito da comoção pela morte do ex-governador de Pernambuco já perdeu o prazo de validade.

Outro ponto importante é que as gravíssimas denúncias de corrupção ainda não produziram o estrago esperado na campanha de Dilma Rousseff. Isso pode acontecer na próxima pesquisa, mas já deveria ter dado os primeiros sinais no levantamento divulgado nesta quarta-feira. Esse cenário permite pensar que parte da população se acostumou com a corrupção ou, então, prefere não considerar o assunto desde que os seus benefícios sejam mantidos. O que denota a imaturidade político-eleitoral da sociedade verde-loura.

Esse quadro proporciona uma segunda interpretação a respeito do mesmo tema. As mentiras criadas pelo marqueteiro João Santana, que já foi comparado a Goebbels, e balbuciadas por Dilma criaram uma espécie de muro de contenção para a candidatura petista. Trata-se de algo preocupante, pois dá à presidente-candidata, se reeleita, o direito de aumentar sobremaneira o estoque de mentiras para os próximos quatro anos.

Entre as muitas mentiras vociferadas por Dilma, a maioria fuxico de fundo de quintal, uma delas é preocupante, principalmente pela fraca reação da equipe de campanha de Aécio Neves. A petista acusa o tucano de ser inimigo da liberdade de imprensa, quando se sabe que um dos projetos do PT é o controle da mídia, assunto que é defendido com unhas e dentes por Franklin Martins. Além disso, o PT mantém às custas do dinheiro do contribuinte uma tropa de terroristas cibernéticos cujo objetivo é atropelar na rede mundial de computadores qualquer um que ouse criticar o partido e sua candidata. Apesar de todas essas evidências, Aécio prefere não bater em Dilma.

Todos os cidadãos de bem sabem que uma campanha eleitoral deve ser republicana e com base em propostas, mas é preciso lembrar que o PT está disposto a tudo, cada vez mais, para manter-se no poder e esconder doze anos de escândalos de corrupção e outras transgressões. Disputar uma eleição com o PT, agremiação que tem essência quadrilheira, não é como participar de um bate-papo no Palácio Bourbon, sede da diplomacia francesa, fincada no badalado Quai d’Orsay, na margem esquerda do romântico Rio Sena. Para os petistas, eleição é luta livre, dependendo da necessidade é briga de rua.

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