Fim de linha – Um dos maiores embustes políticos dos últimos tempos, a reeleita Dilma Rousseff criticou, durante a campanha eleitoral, o adversário Aécio Neves (PSDB) por ter escolhido Armínio Fraga como eventual ministro da Fazenda, caso fosse eleito. Horas depois do anúncio oficial do resultado das urnas, o mercado financeiro reagiu negativamente à reeleição da petista, com o índice da Bolsa de Valores despencando e o dólar ultrapassando a barreira de R$ 2,50, o que compromete ainda mais a economia nacional.
Incompetente com todas as letras e sem um grama sequer de sensibilidade para minimizar a tensão no mercado financeiro, o que pode representar fuga de capitais e fortes oscilações no câmbio, Dilma não apenas ainda titubeia em relação ao anúncio da equipe econômica do seu novo governo, mas deixa que nos meios políticos cresça a especulação de que Aloizio Mercadante pode ser o substituto de Guido Mantega, o ministro que foi demitido com antecedência, como forma de a então candidata dar uma resposta à sociedade sobre a crise que chacoalha o País em todos os rincões.
Para acalmar o mercado bastava que Dilma anunciasse o nome dos próximos ministros da Fazenda e do Planejamento, do presidente do Banco Central e do comandante do Tesouro Nacional. O despreparo do atual governo é tamanho, que assessores palacianos reconhecem que de agora em diante será preciso deixar de lado a manobras fiscais, o que permitiu ao longo desses quatro anos o cumprimento das metas de superávit. Em suma, Dilma enganou durante todo o tempo os brasileiros, mas conseguiu se reeleger no rastro do discurso mentiroso de que é preciso manter as conquistas.
Um país que corre o risco de ter Aloizio Mercadante como ministro da Fazenda não pode, em hipótese alguma, ser levado a sério, pois o atual chefe da Casa Civil é um incompetente conhecido, que como senador pouco ou nada fez em prol do estado que o elegeu, São Paulo.
No caso de Dilma insistir no nome de Mercadante para a pasta da Fazenda, o País está fadado a instabilidades econômicas ainda maiores, pois o ex-senador é conhecido por sua pouca intimidade com a matéria, a ponto de precisar do apoio de alguns parentes para esculpir as próprias ideias acerca da economia nacional. Essa afirmação que ora fazemos não é furto de especulação, mas relatos feitos por familiares próximos a Mercadante, que contam o fato como se isso fosse normal.
Não bastasse sua pífia trajetória, Aloizio Mercadante, que um dia, pressionado por Lula, conseguiu a proeza de revogar o irrevogável, foi alvo de enorme polêmica na Unicamp, onde apresentou sua tese de doutorado em economia. Como sabem os leitores, teses de doutorado, de acordo com as regras acadêmicas, não podem conter qualquer vestígio de plágio, mas a Mercadante coube a incumbência de inaugurar no universo o “autoplágio”. Pode parecer estranho, mas Aloizio Mercadante plagiou a si próprio, o que permite concluir que o Ministério da Fazenda, a partir de janeiro próximo, precisará reforçar o estoque de papel carbono.