Dilma usa crise de água em SP para justificar derrota no estado, mas não explica uso de termelétricas

agua_15Covardia oficial – Quando o ucho.info afirma que Dilma Rousseff sofre de mitomania compulsiva, não se trata de contraposição político-ideológica, até porque durante oito anos os jornalistas do site foram extremamente vigilantes em relação ao governo de Fernando Henrique Cardoso. Ou seja, sentimo-nos muito à vontade para criticar o desgoverno petista de Dilma. A nossa afirmação acerca da cascata de mentiras que acompanha a presidente resulta de mera constatação dos fatos, quase sempre marcados pela incoerência.

Nas eleições deste ano, os números das urnas mostraram de forma clara que o PT foi derrotado de maneira fragorosa em vários estados, o que confirma o derretimento da legenda. Esse cenário foi facilmente constatado em São Bernardo do Campo, reduto eleitoral do ex-presidente Lula e berço do sindicalismo nacional. Na cidade do Grande ABC, administrada pelo “companheiro” e ex-sindicalista Luiz Marinho, a presidente Dilma perdeu para Aécio Neves nos dois turnos da corrida presidencial.

Na segunda-feira (26), em entrevista ao Jornal da Record, Dilma disse não compreender como a crise hídrica que afeta o estado de São Paulo não repercutiu na eleição presidencial. A petista usou esse argumento esdrúxulo e rasteiro para tentar justificar sua rumorosa derrota no mais rico e importante estado da federação, o qual há muito está nos planos bandoleiros do Partido dos Trabalhadores.

“Em São Paulo, estamos enfrentando a maior crise de água do Brasil. Até as vésperas do primeiro turno, ninguém tocava nesse assunto com exceção dos candidatos de oposição [ao governador Geraldo Alckmin (PSDB)]. Se fosse com qualquer governo da situação, nós seríamos criticados diuturnamente”, disse Dilma.

Perguntada se sua fala era uma crítica à imprensa por não ter esclarecido a crise hídrica em São Paulo, Dilma respondeu: “Uma crise daquela proporção não se refletir numa campanha eleitoral, eu não compreendo. Tenho muita dificuldade de compreender. Só posso atribuir ao fato dela não ter sido iluminada. Os refletores não foram colocados na crise. Acho que não houve informação correta para a população de São Paulo”.

Que Dilma Rousseff perderia na terra dos bandeirantes todos sabiam, até porque é grande a resistência ao PT no maior colégio eleitoral do País, mas a presidente não pode se valer de desculpa tão chicaneira para justificar o injustificável.

Como já noticiou o ucho.info, o Palácio do Planalto vem se valendo da teoria dos “dois pesos e duas medidas”. A estiagem fora do script serve para explicar a preocupação do governo federal em relação à geração de energia elétrica, mas não serve para justificar a crise no abastecimento de água em muitas cidades paulistas, começando por São Paulo. É fato que o governo de Geraldo Alckmin poderia ter feito algo para minimizar o problema, mas por maior que fosse a obra destinada ao tema o problema continuaria existindo por força de uma estiagem muito além do previsto.

Aproveitando mais esse momento de declarações pífias, oportunistas e mentirosas, Dilma deveria explicar aos brasileiros os motivos pelos quais as usinas termelétricas estão em funcionamento ininterrupto desde outubro de 2012. A termelétricas, sabem os leitores, foram criadas como estrutura emergencial de geração de energia, no melhor estilo “estepe de automóvel”. Acontece que o governo da presidente Dilma insiste em rodar com um pneu furado em estrada repleta de buracos e objetos pontiagudos.

O funcionamento das termelétricas, mais caras e poluentes, decorre da falta de planejamento do governo Dilma, que, no embalo do ufanismo criminoso de Lula, continuou incentivando o consumo interno, sem se preocupar com a geração de energia para atender a demanda que aumentou da noite para o dia. É exatamente nesses moldes que a economia nacional será conduzida nos próximos quatro anos, pois Dilma é mais do mesmo. Em outras palavras, não se pode esperar uma ideia genial do ignorante da esquina mais próxima.

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