Oposição quer ‘mutirão’ na CPMI da Petrobras e estender investigações do escândalo de corrupção

petrobras_15Lupa na mão – Líderes dos partidos de oposição na Câmara dos Deputados querem que a CPMI da Petrobras seja estendida e que seu funcionamento se dê em regime de “mutirão”. A proposta já conta com assinaturas suficientes no Senado e está em processo de coleta na Câmara.

A estratégia foi definida em reunião na manhã desta terça-feira (18) entre os líderes do Democratas, PPS, PSDB e Solidariedade. Durante o encontro, também foi definida uma ordem de prioridades para as próximas sessões, a começar pela convocação dos principais envolvidos no escândalo que ainda não foram ouvidos: João Vaccari Neto (tesoureiro do PT) e Renato Duque (ex-diretor de Serviços da estatal).

“O que precisamos agora é dar celeridade às investigações e manter nossa atenção nos principais nomes envolvidos. A CPMI agora deve funcionar com um foco só: descobrir até onde vai o esquema”, defendeu Mendonça Filho.

O democrata argumenta que a extensão da CPMI até dezembro precisa ser acompanhada por uma mobilização dos membros da comissão. As sessões podem passar a ser diárias até dezembro. “Se preciso for, vamos realizar quantas sessões forem necessárias durante a semana em esquema de mutirão até podermos concluir o inquérito sobre este escândalo que, quanto mais investigado, mais cresce”, argumentou.

Independentemente de ouvir Vaccari e Duque e considerando que existe a possibilidade de a CPMI ser prorrogada por mais trinta dias, os parlamentares deveriam convocar os executivos de empreiteiras que tiveram pedido de prisão preventiva expedido pelo juiz federal Sérgio Moro e foram presos na Operação Juízo Final, sétima etapa da Operação Lava-Jato.

A prisão preventiva é decretada quando existe o risco de fuga do investigado fugir, intimidar testemunhas e destruir provas. Entre os que tiveram a prisão preventiva decretada estão: Agenor Franklin Magalhães Medeiros (diretor-presidente da Área Internacional da OAS), Eduardo Hermelino Leite (vice-presidente da Camargo Corrêa), Erton Medeiros Fonseca (diretor-presidente de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia), Gerson de Mello Almada (vice-presidente da Engevix), José Ricardo Nogueira Breghirolli (funcionário da OAS, em São Paulo) e Sérgio Cunha Mendes (diretor-vice-presidente-executivo da Mendes Junior).

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