Bomba-relógio – Quando o UCHO.INFO afirma que a economia brasileira está mergulhada na crise, os petistas palacianos se revoltam e acionam os gangsteres cibernéticos que trabalham para o partido, como se isso mudasse a face da realidade.
Durante a recente corrida presidencial, Dilma Vana Rousseff mentiu de maneira escandalosa, chegando a afirmar que a inflação estava próxima de zero e que uma vitória do tucano Aécio Neves (PSDB) representaria perdas enormes para os trabalhadores. No rastro da defesa do PLN 36/2014, que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias e criminosamente anula a meta de superávit primário, os aliados do governo afirmaram que a política econômica atual é eficaz, pois gerou empregos, distribuiu renda e valorizou o salário do trabalhador. Receite que só pode ser traduzida por apenas uma palavra: mentira.
Nesta segunda-feira (8), como faz regularmente, o Banco Central divulgou o Boletim Focus, que traz as apostas do mercado financeiro para a economia nacional. De acordo com os economistas das cem maiores instituições financeiras em atividade no País, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 caiu de 0,19% para 0,18%, terceira queda consecutiva do índice.
Se confirmada a aposta dos especialistas, o Brasil estará diante da menor expansão econômica desde 2009, quando o PIB teve retração de 0,33%. Tal situação confirma o fiasco que representam as previsões do ainda ministro Guido Mantega (Fazenda), que no início do ano garantiu que a economia brasileira cresceria 4%.
Para o próximo ano, a expectativa do mercado é que o PIB avance 0,73%, na contra 0,77% da previsão anterior. Trata-se da segunda redução consecutiva na projeção do PIB de 2015. Há dias, o Palácio do Planalto enviou ao Congresso Nacional um documento que reduz a previsão oficial do PIB do próximo ano de 2% para 0,8%, ou seja, a equipe econômica do próximo governo começa a “falar a mesma língua” do mercado financeiro.
Também para este ano, a previsão dos analistas é de inflação oficial na casa de 6,38%, contra 6,43% da projeção anterior. Contudo, para 2015 os economistas elevaram a estimativa de inflação, medida pelo IPCA, de 6,49% para 6,5%. Isso significa que no campo oficial o mais temido fantasma da economia deverá encerrar o ano vindouro no teto do plano de metas estabelecido pelo governo federal.
Selic e dólar
Em relação à taxa básica de juro, a Selic, que na última semana foi elevada para 11,75% ao ano, a expectativa do mercado para o fechamento de 2015 passou de 12% para 12,50% ao ano. Isso significa que os analistas das instituições financeiras apostam em alta maior da taxa básica de juro próximo ano e, consequentemente, o encarecimento do crédito ao consumidor. A partir dessa aposta dos analistas chega-se à conclusão que a inflação continuará indomável no próximo ano.
De acordo com o Boletim Focus, os especialistas mantiveram em R$ 2,55 a cotação do dólar no final de 2014, mas a moeda norte-americana, nesta segunda-feira, reagiu à pasmaceira do governo do PT e fechou o dia valendo R$ 2,6130. Esse quadro dificulta ainda mais as ações do governo para tentar conter a inflação, uma vez que a importação de produtos é a única forma de atender a demanda interna. Para o final de 2015, a previsão para a cotação do dólar passou de R$ 2,67 para R$ 2,70.
Horizonte nebuloso
Um novo ingrediente surge para dificultar a receita milagrosa de Dilma Rousseff para a economia: inadimplência. De acordo com a Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), a inadimplência do consumidor no País cresceu 8,0% em novembro de 2014, na comparação com outubro, descontados os efeitos sazonais.
No acumulado de 2014, até o mês de novembro, a inadimplência subiu 2,3%, na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado de doze meses, a Boa Vista SCPC detectou aumento de 2,0% no atraso dos pagamentos. Na comparação com o mesmo mês de 2013, o índice registrou alta de 3,5%.
Em dezembro de 2008, quando o então presidente Luiz Inácio da Silva ocupou os meios de comunicação para arremessar o cidadão na vala do consumismo, o UCHO.INFO alertou para o perigo da irresponsável medida. Na ocasião destacamos que a tendência natural seria a alta da inadimplência e do endividamento das famílias. O máximo que os palacianos conseguiram fazer foi nos acusar de torcer contra o País, quando na verdade o nosso compromisso maior é, como sempre foi, com o Brasil e os brasileiros.
O ufanismo oficial foi derrotado pela crise econômica, mas Dilma e seus estafetas insistem em “vender” a ideia de que o Brasil é uma versão tropical do País de Alice, aquele das maravilhas.
