Democratas pede proteção para gerente da Petrobras que alertou para esquema de corrupção

venina_fonseca_01Tiro ao alvo – A liderança do Democratas na Câmara dos Deputados protocolou nesta sexta-feira (12), na Secretaria-Geral da Mesa, ofício ao presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves, para que solicite imediatamente à Polícia Federal proteção à gerente da Petrobras, Venina Velosa da Fonseca. Venina tornou-se testemunha-chave da Operação Lava-Jato após revelar, em reportagem do jornal “Valor Econômico”, que ela própria vem denunciando internamente o esquema de corrupção para a atual presidente Maria das Graças Foster, que em qualquer país minimamente responsável já estaria demitida.

De acordo com a funcionária, que era gerente-executiva da diretoria de Abastecimento (subordinada diretamente a Paulo Roberto Costa e depois a José Carlos Cosenza), após insistir em combater as irregularidades, ela chegou a ter uma arma apontada para sua cabeça com recado para “que ficasse quieta”.

“Os integrantes da diretoria não têm a menor condição de permanecer, a começar da presidente Graça Foster. Diante dessas graves denúncias com provas publicadas no Valor, o mínimo a fazer é substituir toda a cúpula da empresa em nome da preservação da empresa destroçada pelo governo do PT. Graça Foster se omitiu, o que é inadmissível”, afirmou o líder Mendonça Filho (DEM-PE). O líder do partido disse também que a nova CPMI, que deverá ser instalada no início da próxima legislatura, terá como um das primeiras providências o depoimento de Venina da Fonseca.

Já o deputado federal Ronaldo Caiado (Democratas-GO), líder da Oposição no Congresso Nacional e senador eleito, acredita que as novas revelações são a prova cabal do envolvimento de Graça Foster. “É inconcebível que Graça Foster e as outras diretorias permaneçam na Petrobras para ocultar esse esqueleto e a Justiça não tenha decretado a prisão dos envolvidos. É um caso claro de ocultação de provas e a jurisprudência para mandar prender todos os citados” disse o parlamentar que desde novembro, quando foi deflagrada a sétima fase da Operação Lava Jato, vem defendendo a substituição da diretoria.

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Anuência palaciana

Ultrapassa as fronteiras da razoabilidade insistir na manutenção da atual diretoria da Petrobras, que desde o início do escândalo de corrupção que ficou conhecido como Petrolão tinha conhecimento dos atos ilícitos praticados na empresa com a anuência expressa do governo do PT (leia-se Lula e Dilma). O Brasil vive uma grave crise institucional, sendo que a maior empresa brasileira foi assaltada de forma acintosa, sem que as autoridades tivessem tomado qualquer providência para impedir os crimes cometidos.

Quando o UCHO.INFO, em 2005, afirmou que um novo esquema de corrupção fora criado para substituir o Mensalão do PT, integrantes da esquerda nacional passaram a nos ofender a patrocinar ataques aos nossos computadores e servidor. O mesmo aconteceu no começo de 2009, quando denunciamos o esquema de corrupção que desaguou na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. À época, o UCHO.INFO afirmou que o ex-deputado José Janene (PP-PR), já falecido, estava à frente de uma quadrilha que desviava dinheiro da Petrobras.

Na ocasião, alguns profissionais da imprensa, que hoje se refestelam no escândalo do Petrolão, cometeram a indelicadeza de afirmar que o editor sofria de esquizofrenia. O tempo, sempre senhor da razão, passou e a prova de que trilhávamos o caminho certo aí está para calar as vozes covardes de outrora.

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