Sequestro em café de Sidney, na Austrália, acaba com cinco feridos e dois mortos

man_monis_01Fundamentalismo criminoso – O iraniano Man Monis, de aproximadamente 50 anos, é o sequestrador que desde as primeiras desta segunda-feira (15), horário local, mantém reféns em uma cafeteria (Lindt Café) no Martin Place, em Sidney na Austrália.

Acusado de usar o serviço postal para enviar mensagens ofensivas aos familiares dos soldados australianos mortos no Afeganistão, comparados a porcos, Monis já foi condenado pelo assassinato da ex-mulher e pelo estupro pelo menos 40 mulheres, entre elas uma jovem que o procurou em busca de orientação espiritual.

Man Monis vive na Austrália desde 2006, quando chegou ao país da Oceania na condição de refugiado. Monis é acusado de vários, situação que no mínimo leva ao questionamento das autoridades australianas sobre como um criminoso desse nível ainda permanecia em liberdade.

Monis estava em liberdade condicional, mediante fiança, devendo manter bom comportamento e comparecer regularmente perante as autoridades para não ser preso por conta dos crimes já cometidos.

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O iraniano, nas primeiras horas após o início do sequestro, exigiu das autoridades locais, como moeda de troca para libertar os reféns, uma bandeira do grupo extremista “Estado Islâmico” e uma entrevista com o primeiro-ministro da Austrália, Tonny Abbott, que deveria ser transmitida ao vivo. A possibilidade de isso ocorrer foi descartada pelos negociadores.

Os policiais de Sidney isolaram a área da Martin Place, onde normalmente é grande o afluxo de pessoas, e cercaram o Lindt Café e invadiram o estabelecimento comercial após ruídos de disparo de arma de fogo. Os policiais invadiram o café, de onde retiraram duas pessoas mortas e cinco feridas (três em estado grave). Antes da invasão da cafeteria, seis reféns deixaram o cativeiro localizado em uma das regiões mais movimentadas de Sidney.

Líderes muçulmanos da Austrália e de vários países da região condenaram a ação de Man Monis, alegando que se trata de um ato isolado e que não representa o desejo dos seguidores do Islã.

Informações não confirmadas dão o caso como encerrado, mas não se sabe se o sequestrador de origem iraniano foi capturado vivo. A polícia de Sidney confirmou que concederá dentro de aproximadamente uma hora entrevista coletiva para detalhar o sequestro e a operação de resgate dos reféns de Monis.

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