Dilma empurra conta de sua campanha para trabalhadores e aposentados, afirma líder do DEM

mendonca_filho_04Efeito colateral – Líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (Democratas-PE) lamentou que o governo tenha priorizado medidas contra desempregados, aposentados e pensionistas na tentativa de conter o descontrole nos gastos públicos.

De acordo com o parlamentar, o anúncio feito na segunda-feira (29) de corte de até R$ 18 bilhões por ano em direitos trabalhistas foi mais um capítulo do que considera “o maior estelionato eleitoral da história do país”, em referência às promessas de campanha da presidente Dilma e ao “terrorismo” dirigido aos seus adversários durante a campanha eleitoral.

“Incrível como, a cada medida anunciada, a presidente Dilma desmente o que prometeu na campanha. O que Dilma disse que Aécio e Marina fariam contra os trabalhadores, ela está fazendo com requintes de crueldade”, acusou Mendonça.

O democrata entende que, para devolver o mínimo de equilíbrio à economia brasileira, Dilma deveria primeiro estar anunciando a redução no número de ministérios, a eliminação do aparelhamento da máquina pública e o efetivo combate à corrupção que tomou conta do seu governo.

“Qualquer medida que o governo tenha que tomar deve preservar o direito dos trabalhadores e atacar o inchaço da máquina pública, o desperdício de dinheiro pelo aparelhamento partidário e a corrupção. Infelizmente, ela joga a conta pelo descalabro econômico nas costas de trabalhadores e aposentados”, indicou.

Emendas

Mendonça Filho anunciou que a oposição “vai para o embate” a partir de 1º de Fevereiro para tentar barrar as principais medidas lesivas às categorias prejudicadas.

“Vamos apresentar emendas às medidas provisórias. Não se pode cassar direitos dessa forma. Queremos assegurar que a conta final pelo desastre nos gastos públicos não retire dos trabalhadores e suas famílias direitos históricos garantidos”, defendeu.

“Estelionato eleitoral”

O líder do Democratas lembrou que os dois meses que sucederam a eleição presidencial foram o suficiente para colocar por terra todo o discurso eleitoral da campanha de reeleição de Dilma. Para Mendonça, a estratégia de mentiras foi utilizada para esconder a real situação do país, que está com a economia estagnada, inflação crescente, juros altíssimos e deve registrar em 2014 o pior déficit nas contas públicas na história do país.

“Bastaram três dias após a eleição para que a presidente Dilma já aumentasse os juros. Depois chamou um banqueiro para o Ministério da Fazenda, impôs aumento nos preços da gasolina e da energia elétrica e agora empurra a conta para cima do trabalhador desempregado e de pensionistas e aposentados. Se ela tivesse dito que faria tudo isso em vez de colocar essas medidas no colo de seus adversários, teria vencido a eleição?”, questionou.

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