Alckmin toma posse em SP e usará a base aliada para enfrentar as investidas do PT de Lula

geraldo_alckmin_25Tudo igual – Reeleito governador do mais importante e rico estado brasileiro, Geraldo Alckmin (PSDB) tomou posse na manhã desta quinta-feira (1) na Assembleia Legislativa paulista, mas deve estar preparado para a enxurrada de golpes baixos e sujos orquestrado pelo Partido dos Trabalhadores, que há muito sonha em tomar de assalto o Palácio dos Bandeirantes. Depois do fiasco do petista Alexandre Padilha nas urnas da recente eleição ao governo do estado, quem assume o comando das investidas contra os tucanos é ninguém menos que Luiz Inácio da Silva, o lobista e apedeuta Lula.

Ciente de que precisará movimentar-se à esquerda para tentar voltar ao Palácio do Planalto em 2018, Lula se aproximou recentemente dos movimentos sociais não apenas para fustigar a reeleita Dilma Vana Rousseff, sua sucessora, mas também para sedimentar um caminho que permita ao PT avançar em alguns estados da federação. A estratégia tem por objetivo, além de reforçar o direito de Lula de concorrer ao governo federal, permitir que o PT, um partido que mostrou sua vocação criminosa ao mergulhar no escândalo do Petrolão, não suma da cena política nacional.

Em relação a Geraldo Alckmin, a investida contra o governador paulista partirá dos movimentos que congrega os “sem teto”, que deverão infernizar o chefe do Executivo paulista nos próximos quatro anos. Alckmin, como se sabe, ao contrário da imagem de bom moço, é um político experiente e sabe como jogar nos bastidores para evitar o pior. Até porque, não tivesse esse “jogo de cintura” não estaria à frente do governo de São Paulo, locomotiva de um país carregado de problemas.

Para tanto, Geraldo Alckmin contará com uma forte base aliada no Legislativo estadual, o que lhe permitirá, na medida do possível, evitar a criação de Comissões Parlamentares de Inquérito. A grande questão não está na estratégia de barrar CPIs na esteira da maioria governista, mas de o PSDB manter a coerência política enquanto faz oposição no âmbito federal. No Congresso Nacional, os tucanos, que lideram a oposição ao Palácio do Planalto, sempre reclamam da base aliada de Dilma, assim como fizeram na era Lula, mas não se pode condenar aquilo que é feito no quintal da própria casa.

Assim como o Brasil, o estado de São Paulo precisa de gestores experientes e com capacidade técnica para solucionar os problemas diuturnos, mas, assim como Dilma, o tucano Geraldo Alckmin loteou o governo paulista para garantir maioria na Assembleia Legislativa. Enquanto o Estado, como um todo (União, estados e municípios), forem governados apenas e tão somente à sombra da política – também da politicagem – a sociedade nada pode esperar em termos de melhorias efetivas, pois nesse sistema de coalizão primeiro atende-se aos interesses políticos e partidários. Enfim, o Brasil dá mostras, logo no primeiro dia do ano, que será mais do mesmo.

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