Comércio e montadoras tropeçam na espiral da crise e mostram que Dilma mentiu sobre a economia

crise_21Bruxas soltas – Durante a recente campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff, que acabou reeleita, tentou vender aos eleitores a ideia de que o Brasil é versão moderna e tropical do País de Alice, aquele das maravilhas. A questão é que pouco mais de 54 milhões de brasileiros caíram nessa esparrela ou, então, gostam de ser enganados. O Brasil vive uma crise sem precedentes, fruto da incompetência que reina no Palácio do Planalto e na Esplanada dos Ministérios. Com 39 ministérios, o que em tese sugere excelência na gestão pública, Dilma conseguiu a proeza de colocar o País à beira do precipício.

Quando o então presidente Luiz Inácio da Silva, o Lula, anunciou benefícios tributários a determinados setores da economia como forma de incentivar o consumo interno e evitar que a economia local enfrentasse os efeitos colaterais da crise global, a tal “marolinha”, o UCHO.INFO afirmou que a medida pontual era equivocada e obtusa, pois privilegiava alguns setores, em detrimento de outros que tiveram a carga tributária mantida. Ao longo do tempo esse tipo de ação provoca um desarranjo considerável na economia, mas naquele momento Lula queria manter sua falsa popularidade em alta.

A alegria passageira dos setores beneficiados pelo populismo boquirroto de Lula agora começam a experimentar o sabor acre do calvário, situação que já era esperada porque não se pode confiar em um governo que dá as costas para o planejamento, assunto que há muito o Brasil não sabe o que é.

Para provar que Lula foi um irresponsável e que Dilma abusou da mitomania durante a recente corrida presidencial, a indústria automotiva nacional encerrou 2014 com a segunda queda anual consecutiva. De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (6) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram emplacados no ano passado 3.497.811 automóveis, veículos comerciais leves, caminhões e ônibus, recuo de 7,15% em relação a 2013, quando terminou um período de dez anos de altas.

Em dezembro passado, último mês com redução no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), as vendas subiram 25,37%, na comparação com novembro, com 369.996 veículos emplacados. De acordo com a Fenabrave, foi o terceiro melhor mês da história para a comercialização de veículos.

As alíquotas de IPI, que variavam de acordo com a motorização dos veículos, voltaram à alíquota “normal” no primeiro dia de 2015, o que provocará aumento médio de 4,5% nos preços finais dos carros, caso não haja nenhum tipo ação promocional por parte das montadoras e dos revendedores.

Como antecipou o UCHO.INFO, a queda na venda de veículos resultaria, cedo ou tarde, em demissões no setor, o que aconteceu no começo deste ano nas montadoras Volkswagen e Mercedes-Benz. Ao todo 1044 trabalhadores foram demitidos nesta terça-feira (800 na Volks e 244 na Mercedes). O efeito dessas demissões certamente refletirá em todas as empresas que integram o setor automobilístico, ou seja, novas demissões surgirão mais adiante. Para justificar as demissões, Volkswagen alegou que a produção de veículos teve queda de 15% em 2014.

Estragos no comércio

Mas não é apenas no setor automotivo que o fantasma da crise vem causando estragos. O mesmo acontece no comércio varejista, que no ano passado amargou números desoladores. Prova disso é que o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec) encerrou 2014 com queda de 13,4%, na comparação com dezembro de 2013, maior recuo anual do indicador ao longo da série histórica iniciada em março de 2011.

Os dados do índice foram divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e mostram que, na comparação mensal (novembro de 2014), o Icec apresentou queda de 2,5%, o quarto recuo seguido e o maior desde fevereiro do ano passado. Para o economista Fabio Bentes, da CNC, “a estagnação da economia e o menor crescimento das vendas nos últimos onze anos foram os principais responsáveis pela perda de confiança por parte dos empresários do comércio”.

A pesquisa da CNC indica que para três em cada quatro empresários do comércio a economia está pior do que há um ano. O subíndice que mede as condições atuais teve seu pior nível (76,6 pontos) desde o início da pesquisa; no comparativo mensal o recuo foi 6,7%.

De acordo com a entidade, a contínua desaceleração do comércio levou os empresários a reavaliarem os investimentos para os próximos meses, com o subíndice de Investimentos do Empresário do Comércio recuando 10,3% na comparação anual e 1,5% na comparação mensal. Isso significa que o horizonte não é sombrio para o setor. “A queda na intenção de investimentos em máquinas e equipamentos esbarra não somente no ritmo mais fraco das vendas como, também, no custo mais elevado de captação de recursos por parte das empresas”, avalia o economista da CNC.

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