Trem fantasma – Considerado como uma “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB) do País, O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) aponta retração de 0,12% da atividade econômica brasileira em 2014, até o mês de novembro. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Banco Central. Na comparação com outubro, o décimo primeiro mês de 2014 registrou elevação de 0,04%, na série ajustada. Em outubro, os índices acumulado no ano e mensal registravam evolução negativa de 0,09% e 0,26%, respectivamente.
O IBC-Br serve como referência para avaliar o ritmo da atividade econômica do Brasil ao longo do ano. A projeção oficial do BC para o crescimento do PIB do ano passado é de 0,7%, de acordo com o último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado em setembro de 2014.
Enquanto os palacianos insistem em esconder a realidade, os números mostram que a economia brasileira entrou em estagnação no mês de novembro, com a chance de ter encerrado 2014 próxima de zero. É o que revela o Monitor do PIB, levantamento da atividade econômica feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
O indicador, que busca antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta irrelevante em novembro (0,02%), na comparação com outubro, e ficou com crescimento zero no acumulado de doze meses até novembro.
“A economia está definitivamente estagnada”, afirmou o coordenador do Monitor do PIB, Claudio Considera, pesquisador associado do Ibre/FGV e ex-coordenador de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Autópsia do caos
Os dados mencionados confirmam os seguidos alertas do UCHO.INFO para o perigo que emoldurou a política econômica do primeiro governo de Dilma Rousseff. Muitas foram as vezes em que o site afirmou ser impossível apostar em crescimento econômico com um governo que chafurda na mitomania e no populismo, além de ignorar por completo o planejamento.
A teimosia do governo petista em seguir com a mesma política econômica, disfarçada com pequenas mudanças, faz com que o horizonte do País permaneça carrancudo, especialmente porque o salário do trabalhador, que na prática movimenta a economia, perde valor a cada dia na esteira de uma inflação criminosa e reticente.
A se confirmar as expectativas sobre o crescimento do PIB do ano passado, o salário mínimo de 2016 não terá aumento real, exceto o percentual correspondente à inflação oficial, que destoa de forma escandalosa da dura realidade enfrentada pelos brasileiros.