“O Islã faz parte da Alemanha”, afirma a primeira-ministra Angela Merkel

angela_merkel_19Bandeira branca – Chefe do governo alemão, Angela Merkel pediu nesta quinta-feira (15) que se diferenciem claramente os muçulmanos daqueles que praticam terrorismo em nome do Islã. Em discurso no Parlamento sobre os atentados em Paris, Merkel reiterou que “o Islã faz parte da Alemanha”, assim como o judaísmo e o cristianismo.

Na sessão parlamentar em memória das 17 vítimas dos atentados na França, Merkel apelou para que a sociedade se mantenha unida na Alemanha, onde vivem cerca de 4 milhões de muçulmanos. “Não nos deixaremos dividir”, disse , destacando que não há espaço para discriminação no país.

“Toda exclusão de muçulmanos na Alemanha, toda suspeita generalizada é proibida”, declarou. Segundo ela, esclarecer a questão de por que assassinos apelam para o Islã em seus atos é “importante” e “urgente”.

Merkel afirmou que todos constroem uma imagem do outro com base na própria experiência, no senso comum ou no medo. Algumas vezes essa imagem se transforma em hostilidade, o que poderia ser evitado através do esclarecimento e do conhecimento.

“Terrorismo com certeza não tem nada a ver com disputa cultural e muito menos com religião”, disse Merkel.

A chanceler alemã também fez menção ao movimento “anti-islamização” Pegida (sigla em alemão para “Europeus patriotas contra a islamização do Ocidente”), que, segundo ela, propaga a “demagogia em vez do esclarecimento”.

Quanto aos atentados em Paris, Angela Merkel manifestou mais uma vez solidariedade com o povo francês. “A Alemanha e a França permanecem unidas nesses dias difíceis”, disse, afirmando que não há segurança na Alemanha se não houver segurança na França. (Com agências internacionais)

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