Coalizão internacional discute em Londres estratégias de combate aos jihadistas

(Peter Nicholls - Reuters)
(Peter Nicholls – Reuters)
Terrorismo na pauta – A coalizão internacional que luta contra o avanço do grupo extremista Estado Islâmico (EI) reúne-se em Londres, nesta quinta-feira (22), para discutir as operações no Iraque e na Síria e a ameaça jihadista, que cresceu depois dos atentados em Paris. A prioridade é discutir estratégias para diminuir o fluxo de combatentes estrangeiros, principalmente europeus, que deixam seus países para integrar o grupo Estado Islâmico.

De acordo com o chanceler britânico Philip Hammond, vários meses ainda serão necessários para que as forças iraquianas possam lançar uma ofensiva por terra contra os jihadistas. Hammond comanda a reunião ao lado do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que acontece na Lancaster House, em Londres. Ministros das Relações Exteriores de 21 países participam do encontro, o segundo da coalizão (o primeiro aconteceu em dezembro, em Bruxelas).

Nesta quinta-feira, o tema das discussões é a campanha militar contra os alvos do grupo Estado Islâmico, suas fontes de financiamento, os meios de comunicação estratégicos e a assistência humanitária na região. “É preciso avançar em todas as frentes”, disse Kerry antes de embarcar para Londres. “Dezessete países reforçaram sua legislação para agir contra aqueles que planejam viajar para Síria ou ao Iraque participar dos combates”, declarou outro representante do governo dos Estados Unidos.

Jihadistas são prioridade

A diminuição do fluxo de combatentes jihadistas estrangeiros que lutam ao lado dos extremistas do EI, principalmente depois dos ataques perpetrados em Paris por três franceses e que deixaram 17 mortos, é uma das prioridades do encontro. Os atentados foram reivindicados pela Al Qaeda no Iêmen e o grupo EI.

“As atrocidades cometidas recentemente na França, na Austrália, na Nigéria e no Paquistão, além das ameaças do grupo Estado Islâmico contra os reféns japoneses, só reforçam nossa determinação para vencer essa ameaça”, escreveu o chanceler britânico em uma tribuna no Daily Telegraph publicada nesta quinta-feira. Os reféns são o jornalista Kenji Goto Jogo e Haruna Yukawa, cuja atividade profissional não foi revelada. O Estado Islâmico quer US$ 200 milhões para não executar os dois japoneses. O prazo para o pagamento termina na sexta-feira (23).

O financiamento dos extremistas também é uma questão prioritária na reunião dos líderes estrangeiros. Um relatório do Conselho de Segurança da ONU, publicado em novembro passado, mostrou que 15 mil combatentes estrangeiros, provenientes de mais de 80 países, integram organizações radicais como o grupo Estado Islâmico. Contudo, os ataques aéreos da coalizão estariam enfraquecendo os jihadistas. (Com RFI)

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