Na noite do domingo, moradores da região próxima ao aeroporto de Maiduguri afirmaram ter voltado a ouvir supostos confrontos armados entre terroristas e tropas do governo na região.
“Ouvi alguns tiros e explosões de bombas. Tenho certeza que eles (militantes do Boko Haram) voltaram para retaliar o que fizeram com eles nesta manhã”, afirmou o morador Bello Muhammad, que mora a apenas 300 metros do aeroporto, à agência de notícias Reuters.
O ataque a Maiduguri, onde vivem cerca de 2 milhões de pessoas, começou pouco depois da meia-noite de sábado para domingo. Pelo menos oito pessoas morreram e cerca de 30, a maioria de civis, ficaram feridas, segundo informações de dois hospitais.
A Anistia Internacional fez um alerta, declarando que “centenas de milhares de civis correm risco atualmente no país”. Na última semana, o Boko Haram assumiu autoria de ataques que mataram centenas de pessoas na cidade de Baga e em seus arredores, próxima do Lago Chade.
A dificuldade enfrentada pelas Forças Armadas para combater o grupo terrorista tem sido a maior dor de cabeça do presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, que tenta a reeleição nas eleições de fevereiro. Seu adversário nas urnas é o general da reserva Muhammadu Buhari, candidato da centro-esquerda.
Visita de John Kerry
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, desembarcou neste domingo em Lagos, centro econômico da Nigéria, e fez um apelo aos candidatos à presidência para que respeitem os resultados das urnas.
Ele ressaltou a preocupação dos Estados Unidos de que uma onda de violência pós-eleições possa desestabilizar o país e atrapalhar o combate contra o Boko Haram. Jonathan e Buhari conversaram com Kerry.
“Estas serão as maiores eleições democráticas do continente. É absolutamente fundamental que elas sejam conduzidas de maneira pacífica – e que sejam confiáveis, transparentes e responsáveis”, afirmou o secretário americano. (Com agências internacionais)