Dados sobre desemprego não traduzem a realidade do setor e muito menos o desastre econômico

trabalhador_05Não é bem assim – Ao longo desta quinta-feira (29) muito se comentou na grande imprensa nacional a taxa de desemprego de 2014, de 4,8%, a mais baixa desde que a ser medida, em março de 2002. Isoladamente a taxa parece um grande feito, mas nenhum índice surge desacompanhado. É preciso considerar alguns fatores antes de tecer loas ao governo petista de Dilma Vana Rousseff, que conseguiu arruinar a economia nacional em apenas quatro anos, embalada pelo ufanismo desastroso que marcou os oito anos da era Lula.

O mais baixo índice de desemprego da série histórica não significa que o emprego aumentou no País. Aliás, vale ressaltar que a metodologia utilizada para o cálculo do índice de desemprego desconsidera quem não procura uma vaga de trabalho, o que não traduz a realidade do mercado laboral. Outro ponto que deve ser levado em conta é que os beneficiados pelos programas sociais do governo, principalmente o Bolsa Família, também não entram nesse cálculo.

Fora esses dois fatores há os brasileiros que integram o grupo dos “nem-nem”, nem estudam e nem trabalham. Esses também ficam de fora do levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Alguns analistas destacaram que a taxa de desemprego caiu porque um maior número de pessoas está na escola, o que não reflete de forma direta no cálculo do IBGE, por mais que os especialistas afirmem o contrário. E o UCHO.INFO explica os motivos. O nível de capacitação do trabalhador brasileiro é baixo e nos últimos anos o máximo que conseguiu foi andar de lado. Ou seja, não houve melhora do cenário. Isso faz com que a produtividade do trabalhador brasileiro deixe a desejar. Não é preciso dose extra de raciocínio para perceber o que ora enfatizamos: o grau de conhecimento do trabalhador verde-louro é pífio.

Imaginar que o fato de ter aumento o número de brasileiros na escola representará no futuro uma massa laboral mais preparada é passar atestado de inocência. Isso se explica na esteira dos recentes resultados do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, prova em que mais de 529 mil alunos zeraram na redação. Parodiando Abelardo Barbosa, o eterno Chacrinha, “quem não se comunica, se estrumbica”. O conhecimento do estudante brasileiro é raso e por conta disso é possível antecipar o futuro, que, diga-se de passagem, já está presente.

Outra análise que derruba a euforia palaciana por causa do nível de desemprego surge a partir do fracasso da economia em 2014. No momento em que o crescimento do Produto Interno Bruto no ano passado ficou abaixo de 0,2%, é impossível acreditar que mais brasileiros conseguiram uma vaga de trabalho. Principalmente porque no setor industrial o nível de emprego caiu, como nos anos anteriores.

Mas a compreensão desse número sobre a seara do desemprego não para. Desde que chegou ao principal gabinete do Palácio do Planalto, em 1º de janeiro de 2011, até 31 de dezembro do ano passado, Dilma Rousseff, a presidente reeleita, tentou emplacar pelo menos duas dúzias de medidas de estímulo à economia. E nenhuma deu certo. Ou seja, não há como acreditar que o nível de desemprego recuou em um país cuja economia não reage a estímulos sequenciais.

Para finalizar, um raciocínio rápido e simples que derruba essa pirotecnia oficial. O recuo do nível de desemprego só se justifica no contraponto ocorrer o crescimento da geração de empregos. O que não aconteceu em 2014, na comparação com os anos anteriores. Em suma, a conta não fecha, mas o Palácio do Planalto quer que o brasileiro acredite que aqui é o País de Alice, aquele das maravilhas, e que Dilma Rousseff é a versão de saias de Aladim, o fabuloso gênio da lâmpada maravilhosa.

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