Segundo round – Os ministros do Exterior da União Europeia (UE) estenderam, na quinta-feira (29), as atuais sanções contra a Rússia, com o apoio do novo governo da Grécia, que havia sinalizado com a possibilidade de se opor à proposta.
Os ministros concordaram em ampliar até setembro as proibições de viagens e congelamentos de ativos impostas no ano passado e que estavam prestes a expirar, mas não foram definidas novas sanções econômicas contra a Rússia.
Os diplomatas decidiram incluir mais nomes na lista de pessoas que estarão sujeitas a sanções quando se reunirem novamente, no próximo 9 de fevereiro. A chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, disse que o bloco elaborará a lista com os novos nomes dentro de uma semana.
“Esperamos que isso ajude a exercer pressão sobre a Rússia”, afirmou Mogherini, destacando que a situação na Ucrânia “está piorando”. O Ocidente acusa o Kremlin de enviar tropas para o leste da Ucrânia, onde separatistas pró-Rússia vem combatendo forças de Kiev.
Antes do encontro, era incerta que posição a Grécia adotaria. O novo primeiro-ministro do país, Alexis Tsipras, que tomou posse nesta segunda-feira, havia se queixado de que seu governo não fora consultado antes de se avaliarem novas sanções contra Moscou.
No entanto, na reunião desta quinta-feira, em Bruxelas, fontes afirmam que o ministro do Exterior grego, Nikos Kotzias, rapidamente dissipou o temor de que a Grécia derrubaria a iniciativa das sanções. Kotzias assinou um documento europeu de tom drástico que declara Moscou responsável pela violência no leste da Ucrânia e exige que a Rússia pare de apoiar os separatistas.
“Não sou uma marionete da Rússia”, disse Kotzias, segundo o ministro do Exterior italiano, Paolo Gentiloni. (Com agências internacionais)