França começa a confiscar passaportes de potenciais jihadistas

(Phillippe Devanne - Fotolia)
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Pé na porta – Autoridades da França confiscaram os passaportes de seis supostos jihadistas que tentavam viajar para a Síria, informou o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve. Esta é a primeira vez que Paris recorre à medida, aprovada pelo Parlamento em novembro passado a fim de coibir a ação de terroristas.

“Hoje, seis proibições administrativas impedindo a viagem dos titulares foram assinadas, e outras 40 estão a caminho”, afirmou Cazeneuve a jornalistas. “Se cidadãos franceses conseguem deixar o país para cometer ações terroristas no Iraque e na Síria, o retorno deles ao país representa um perigo ainda maior para o território nacional e um grande risco de atos terroristas de alta escala.”

Os passaportes dos seis cidadãos franceses estão confiscados por seis meses. Após o período, as autoridades podem renovar o confisco junto à Justiça.

Cazeneuve ressaltou ainda os esforços do governo na implantação de um sistema de alerta pelo qual familiares e amigos de jihadistas avisam autoridades sobre casos de radicais que estejam planejando deixar o país. Segundo o ministro, mais de mil casos já foram delatados e, como resultado, “dezenas” de viagens marcadas à Síria e ao Iraque não ocorreram.

O governo francês calcula que cerca de 1,4 mil franceses tenham ligações com células de recrutamento na Síria e no Iraque, dos quais aproximadamente 400 já estão lutando juntamente com os extremistas.

A França está em alerta máximo há mais de um mês. Em janeiro, dezessete pessoas morreram vítimas de ataques terroristas em Paris, além dos três atiradores. (Com agências internacionais)

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