Petrolão: juiz da Lava-Jato confirma depoimento de Paulo Bernardo e piora a situação de Gleisi

paulo_bernardo_20Saia justa – O juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara federal de Curitiba, intimou, na segunda-feira (23), o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações), marido da senadora petista Gleisi Helena Hoffmann, para depor como testemunha de defesa em um dos processos decorrentes da Operação Lava-Jato. O ex-ministro será ouvido no próximo dia 5 de março.

Bernardo foi arrolado como testemunha de Ricardo Pessôa, presidente da construtora UTC e identificado pela Polícia Federal como chefe do cartel do Petrolão – grupo formado por empreiteiras que prestavam serviços superfaturados à Petrobras, operação que tinha como contrapartida o pagamento de propinas milionárias ao diversos partidos políticos, principalmente ao PT.

O ex-ministro compartilha com a mulher a suspeita de receber dinheiro do esquema de propinas do Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história da humanidade, que sangrou os cofres da estatal em aproximadamente R$ 88 bilhões, segundo cálculos da ex-presidente da companhia, Maria das Graças Foster.

Pelo menos R$ 1 milhão, em dinheiro de caixa 2 teria sido pago, em espécie, à campanha de Gleisi em 2010, além de outros R$ 4,7 milhões provenientes das empreiteiras envolvidas no esquema, entre elas a UTC, e investigadas na Operação Lava-Jato.

A denúncia de que Gleisi Hoffmann recebeu dinheiro do Petrolão, a partir de um pedido pessoal do marido, à época ministro do Planejamento, partiu do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que faz delação premiada. A denúncia de Costa foi confirmada pelo doleiro Alberto Youssef, que detalhou a forma como o dinheiro foi entregue a Gleisi.

apoio_04