Preço da cesta básica sobe na maioria das capitais brasileiras e reforça a crise econômica

cesta_basica_01Sem limites – Quatorze das 18 capitais brasileiras analisadas pela Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos tiveram aumento da cesta básica em fevereiro. A pesquisa foi divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores altas ocorreram em Natal (4,36%), Salvador (4,17%), João Pessoa (2,69%) e São Paulo (2,06%). Por outro lado, as capitais que apresentaram quedas foram Porto Alegre (-2,02%), Campo Grande (-0,96%), Florianópolis (-0,24%) e Aracaju (-0,06%).

A cesta mais cara entre as capitais analisadas foi a de São Paulo, com preço médio de R$ 378,86, seguido pela de Florianópolis (R$ 359,76) e a do Rio de Janeiro (R$ 357,27). As cestas mais baratas foram observadas em Aracaju (R$ 264,67), João Pessoa (R$ 286,22) e Natal (R$ 289,65).

Em fevereiro, produtos como feijão, tomate, café em pó e óleo de soja tiveram predominância de alta nos preços das capitais. Já o açúcar e a batata, pesquisada nas regiões Centro-Sul, apresentaram retração na maioria das capitais.

O feijão (que subiu em 17 das 18 capitais analisadas), o tomate (que subiu em 16 capitais) e o café em pó (15 cidades). Os produtos que tiveram as maiores retrações foram o açúcar (redução de preço em 11 capitais) e a batata (9 cidades).

A carne bovina, produto de maior peso na composição da cesta básica, ficou mais cara em 9 capitais e teve o preço se reduzido em outras 9. As altas mais expressivas ocorreram em Florianópolis (4,99%), Curitiba (4,19%), Manaus (3,57%) e Campo Grande (1,70%). Já o preço do leite recuou em 9 das 18 cidades pesquisadas e aumentou em outras 9. As altas variaram entre 0,38%, em Campo Grande, e 7,33%, em Florianópolis.

Levando em conta a Constituição que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as necessidades de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, a pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelou que o salário mínimo ideal em fevereiro deveria ser R$ 3.182,81, valor 4,04 vezes maior que o mínimo atual, de R$ 788,00. (Por Danielle Cabral Távora)

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