Próximas à Fundação Cásper Libero, pessoas com um balão gigante da CUT nas mãos afirmaram ter recebido R$ 35 para participar da passeata. Muitos enxergavam a oportunidade como um “bico”, já que enfrentam o desemprego. Um dos manifestantes informou que um ônibus pegou o grupo no bairro do Brás e os levou até a Avenida Paulista. Entre as pessoas contratadas para segurar balões estão imigrantes que não falam português. Provavelmente os haitianos enviados pelo governador do Acre, Tião Viana, para São Paulo.
Ônibus vindos do interior também chegaram ao local trazendo militantes do MST e do Movimento dos Atingidos por Barragens.
No Masp, também estavam concentrados afiliados da Apeoesp, sindicato de professores da rede estadual, que protestaram contra o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), e pedem aumento salarial de 75,33%. De acordo com informações da entidade, os professores decretaram greve durante o ato.
Na Avenida Paulista haviam cartazes colados em tapumes afirmando que a manifestação desta sexta foi contra a “direita golpista”. Responsável pelos cartazes, o Partido da Causa Operária (PCO) confirmou que no próximo domingo (15) também fará manifestações contra o governo federal e a favor do impeachment de Dilma.
A situação econômica do País é tão grave, que manifestações a favor do governo só acontecem na base do dinheiro. Quem conversa com pessoas das mais distintas classes sociais não demora a perceber que o descontentamento com o governo é generalizado e crescente. Até mesmo cidadãos que votaram em Dilma Rousseff se dizem inconformados, sendo que alguns garantem que protestarão contra o desgoverno petista. (Por Danielle Cabral Távora)
