Pingos nos is – Líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO) questionou nesta terça-feira (17) a credibilidade do governo para convencer a sociedade da necessidade de um ajuste fiscal após o estelionato eleitoral cometido pela petista Dilma Rousseff na corrida presidencial de 2014.
Caiado debateu a adoção da nova política econômica baseada em aumento de impostos, corte de direitos trabalhistas e “tarifaço” com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, em audiência pública nesta manhã na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
“Como o ministro se sente em ter participado de uma campanha eleitoral que preconizou a fraude?”, perguntou o senador a Barbosa, considerado um dos principais idealizadores da política econômica do primeiro mandato da presidente Dilma que resultou em disparada da inflação, retração do crescimento e descontrole dos gastos públicos.
“Qual a credencial do governo para propor ajuste fiscal? Como o governo vai convencer a sociedade da necessidade desse ajuste depois de instalar o formato do caos. Como a sociedade vai acreditar na tese na varinha de condão que agora o governo acordou e vai resolver os problemas?”, questionou o líder que obteve apenas a resposta de que o ministro não se sente desconfortável de fazer parte da “equipe que implantou a política do descontrole e agora a política do aperto para o povo”.
O parlamentar destacou a fraude eleitoral cometida pela presidente da República ao passar um discurso tranquilizador ao povo sobre a situação econômica do País para sair vitoriosa das urnas. “Como a sociedade poderia reagir quando a autoridade maior do País faz um discurso tranquilizador, que a economia estava uma maravilha, que não haveria cortes nos investimentos, nos programas sociais, como FIES e o Minha Casa Minha Vida?
No dia 25 de setembro de 2014, em plena campanha a presidente afirmou: “não vou fazer ajuste fiscal para tirar dinheiro do povo e usar para pagar juros a banqueiro´”, ponderou Caiado.
“A mesma política que instalou o caos no país é a que a presidente Dilma agora pediu desculpas pelas desonerações de impostos e que o Ministério da Fazenda falou em erro grosseiro na desoneração da folha de pagamento”, disse Caiado. Em resposta, Nelson Barbosa falou em aperfeiçoamento de medidas e afirmou ser normal a correção de ‘excessos’ ao se referir à desoneração da folha de pagamento, proposta pelo próprio ministro a partir de 2011.
